O piso visivelmente desgastado pelo tempo da praça que circunda a capela Santa Filomena – tombada pelo patrimônio histórico de São Bernardo –, está sendo um obstáculo no caminho dos fiéis que procuram a capela diariamente para professar a sua fé.

 Com buracos e rachaduras à frente, os religiosos e pedestres, têm de usar as laterais da praça para evitar acidentes. “Antes de trabalhar, sempre passo na capela para fazer minhas orações. Mas, por causa desses buracos, cheguei a virar o pé e quebrar minha sandália na semana passada”, diz a operadora de telemarketing Graciele dos Santos Ventura, 20 anos. Além disso, o piso não é acessível para pessoas portadoras de necessidades especiais.

 Para corrigir essas imperfeições, a Prefeitura de São Bernardo está promovendo pequenas reformas no local. Os pisos danificados estão sendo substituídos por novos e parte da vegetação está sendo podada.

 Porém, enquanto a praça ganha um novo visual com as reformas, o prédio da capela, erguido em meados de 1880, está sendo alvo freqüente de pichadores. “Acho um desrespeito essas pinturas na parede da igreja”, reclama a responsável pela capela, Lúcia Helena da Silva, 38 anos.

 Nas laterais da igreja e em sua fachada frontal, há diversas pichações, prejudicando a estética do local. Segundo a religiosa, os pichadores chegam à noite, quando não há muita vigilância, deixam seus recados e vão embora no anonimato. “Deus está vendo isso, é um absurdo”, exclama Helena.

 A Prefeitura diz que remove periodicamente os desenhos refazendo a pintura da capela, no entanto, a pichação é sempre refeita pelos visitantes anônimos.

 Qualquer tipo de intervenção na capela, e dentro de uma área de 300 metros ao seu entorno, tem de ser aprovada pelo Compahc (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico-Cultural de São Bernardo).