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Nível de inadimplência entre pessoas físicas cresce 6,6%
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
13/09/2008 | 07:06
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Tiago Silva/DGABC


A inadimplência dos consumidores (pessoas físicas) cresceu 6,6% de janeiro a agosto de 2008, na comparação com o mesmo período de 2007, revela o levantamento feito pela Serasa. O índice também se reflete no Grande ABC segundo dirigentes das associações comerciais e industriais da região.

As facilidades para concessão de crédito no mercado e a falta da educação financeira são os principais responsáveis pelo aumento da inadimplência. “Os consumidores têm o costume de parcelar compras por muitas parcelas e fazem isso com diferentes produtos. Os débitos somados ao final do mês levam a pessoa a não ter dinheiro para cobrir o gasto”, explica Valter Moura, presidente da Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo).

O aquecimento da economia também está atrelado a alta da inadimplência. “Quando o quadro de vendas apresenta crescimento, conseqüentemente, o volume de consumidores que não pagam suas contas aumenta. É a lógica”, afirma o vice-presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Octávio Leite Vallejo.

O estudo aponta ainda que na comparação entre agosto de 2008 e agosto do ano anterior, houve alta de 4,8% na inadimplência dos consumidores.

Os representantes avaliam que o nível deve cair na região e no País em dezembro. “Com o pagamento do 13º salário, as pessoas buscam quitar suas dívidas, poupar ou ainda, viajar e fazer as compras para as festividades de final de ano”, completa Valter Moura. “Esse cenário é típico em todos os anos.”
 
Setores – Segundo a Serasa, as dívidas com os bancos seguiram liderando o ranking de representatividade do endividamento, com 43,2% de participação no indicador até agosto de 2008. No acumulado de janeiro a agosto de 2007, esta representação foi de 38,7%.

Em seguida estão os débitos com cartões de crédito e financeiras. No período, a participação foi de 32,5%. No mesmo acumulado de 2007, o índice era de 30,7%.

Em terceiro lugar, responsável por 22% da taxa, está a devolução de cheques. De janeiro a agosto de 2007 esses papéis sem fundos representaram 27,9% da inadimplência.




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