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Seleção retorna ao palco dos 7 a 1

Contra a Argentina, equipe de Tite tenta exorcizar
fantasma na volta ao Mineirão após mais de dois anos

Por Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
10/11/2016 | 07:00
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Estadão Conteúdo


Aclamado ao comando técnico da Seleção Brasileira, Tite chegou para quebrar paradigmas. Conseguiu fazer o time jogar bem, vencer e ser líder das Eliminatórias. Superar tabus – entre eles o de 33 anos sem vitória em Quito diante do Equador. Agora chegou a vez de exorcizar um fantasma. E ele não é um mero Gasparzinho. É o famigerado 7 a 1 sofrido diante da Alemanha, em 8 de julho de 2014, na semifinal na Copa do Mundo, no mesmo Mineirão que, às 21h45 de hoje, recebe o confronto com a Argentina, pela 11ª rodada das classificatórias para o Mundial de 2018, que marca o retorno ao estádio.

Apesar do desafio, Tite minimizou o acontecido. Reconheceu sua importância, mas a relegou a segundo plano, preferindo chamar para si e para os jogadores a pressão de vestir a camisa amarela pentacampeã.

“O 7 a 1 faz parte porque é realidade. Faz parte da história, porém há uma pressão muito maior, que eu sinto e os atletas sentem, que é representar o Brasil pentacampeão. Essa grandeza é muito maior do que esse fato inquestionável”, afirmou.

Tite ainda exaltou o adversário, que, mesmo estando em sexto lugar na tabela, fora da zona de classificação para a Copa, inspira respeito pelos atletas que tem e pela rivalidade histórica entre as equipes.

“É hipocrisia falar que (o jogo) é igual aos outros. Para a classificação ele vale os mesmos três pontos, mas tem a dimensão, a história e o peso extraordinário das equipes”, destacou Tite, que, assim como muitos de seus comandados, representa sangue novo e quer deixar traumas para trás e trilhar um novo caminho.

Não se para Messi, mas se diminui ações, diz técnico

Além do retorno ao Mineirão, o duelo entre Neymar e Messi marca o clássico entre Brasil e Argentina. Principais jogadores de suas seleções, são as esperanças de desequilíbrio na partida de hoje. Ciente da qualidade do camisa 10 hermano, Tite foi sincero: não há como pará-lo. Mas isso não significa que o treinador não tenha uma carta na manga para fazê-lo jogar, literalmente, menos.

“Não se para Messi, assim como não se para Neymar. Mas se diminui ações. Podemos diminuir o número de participações. O que vou fazer? Não vou dizer”, frisou o técnico canarinho, que deixou escapar uma pista durante a entrevista coletiva.

“A engrenagem (equipe) tem que funcionar, senão não consigo conceber o craque individualmente”, comentou ele, que aposta na dificuldade de saída de bola para minimizar as ações do camisa 10 argentino. Ontem, no último treino antes do confronto, houve atividade de pressão sobre os zagueiros para atrapalhar o nascimento de jogadas rivais no Mineirão.

Bauza aposta em pressão sobre Neymar e duelo disputado no meio

Se Tite tem suas preocupações, Bauza também tem. O técnico da seleção argentina, não é para menos, se preocupa com Neymar e afirmou que vai tentar pressioná-lo durante a partida, mas negou marcação individual sobre o camisa 10.

“Não vamos fazer marcação homem a homem. Vamos tentar pressioná-lo, porque não pode ficar solto”, afirmou Bauza, que minimizou a situação argentina nas Eliminatórias e crê em jogo truncado.

“A realidade da tabela não se reflete. Vejo um jogo brigado no meio, com muita disputa pela bola. É uma partida muito equilibrada", opinou o ex-técnico do São Paulo.




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