Buracos em ruas de São Bernardo e em São Caetano causam transtornos a moradores dos bairros Demarchi e São José, respectivamente, aumentando o risco de acidentes nas vias.

Em São Bernardo, o problema ocorre na esquina da Avenida Maria Servidei Demarchi com a Avenida Nicola Demarchi. Segundo funcionários do restaurante Piazza Demarchi, há obra de saneamento parada no local. O buraco está aberto desde setembro.

Conforme relatos dos que vivem na região, na sexta-feira um cano de esgoto estourou, o que piorou o problema. No domingo, o buraco foi preenchido com pedras, mas, na segunda-feira, carreta passou ali e destruiu a solução paliativa.

O segurança do restaurante, Caetano Idalino da Silva, 67, disse que os coletivos não conseguem desviar do buraco. “Vi uma senhora dentro do ônibus que bateu a cabeça no teto com muita força.”

Silva disse que, para evitar mais problemas, chamou um funcionário do supermercado, localizado em frente ao restaurante, para colocar obstáculos, de modo que os motoristas desviem do buraco. “Fomos obrigados a pôr galhos para os motoristas desviarem da cratera. Ninguém é obrigado a ter um problema no carro. Porque, para consertar, o preço é muito elevado e ninguém vai arcar com isso.”

A Prefeitura passou a responsabilidade para a Sabesp (Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo), que informou que a obra faz parte da implantação do coletor tronco Demarchi, integrante do Projeto Tietê. A paralisação teria ocorrido por conta de interferência de outra intervenção feita pela Prefeitura. Ambas serão retomadas nos próximos dias.

SÃO CAETANO

Na cidade, o problema acontece na Rua Barão de Mauá, em frente a uma retífica. Segundo a empresa, o buraco está aberto há mais de 15 dias. A proprietária Rosângela do Prado afirmou que técnicos passaram pelo local, mas não fizeram o conserto. “Um rapaz olhou e disse que o material que tinha não daria para tampar o buraco porque é muito grande.”

A empresa tem uma garagem com duas vagas, sendo que uma delas está bloqueada. “É injusto eu parar meu veículo na frente dos vizinhos. A minha porta é para atender os clientes do meu estabelecimento.”

Questionada sobre como se sente ao ver a situação, Rosângela desabafa. “O sentimento é de que não valemos nada. Só servimos para pagar os impostos.”

A administração de São Caetano informou que o conserto é de responsabilidade do DAE (Departamento de Água e Esgoto), que afirmou, por meio de nota, que os funcionários da companhia irão resolver o problema nos próximos dias.