Política Titulo Mauá
Donisete promete manter secretariado até o fim do ano

No primeiro semestre, prefeito utilizou Pastas para acomodar aliados e garantir governabilidade

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
13/07/2014 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), garantiu que não fará alterações no secretariado, pelo menos, até o fim do ano. No primeiro semestre, o petista promoveu série de alterações de cunho político para acomodar aliados e retomar governabilidade no Legislativo.

“O secretariado está muito bem composto, não vou fazer alterações. Estamos com limitações financeiras, mas organizados. Vamos fazer muito com pouco e retomar o crescimento (de arrecadação)”, declarou o prefeito, que trabalha com Orçamento de R$ 1,034 bilhão para este ano.

Donisete fez suas últimas mudanças no primeiro escalão no mês passado. Nomeou Júnior Stella (PTdoB) na chefia de Segurança Alimentar no lugar de Marcos Filório, que substituiu Rômulo Fernandes na Pasta de Relações Institucionais. Colocou também Luiz Alfredo dos Santos Simão (PSB) no comando de Habitação, setor que no início do mandato era de Helcio Silva (PT), atual deputado federal. A nomeação de Stella, que é ligado aos líderes do G-11 (os correligionários Chiquinho do Zaíra e Alberto Betão Pereira Justino), garantiu a retomada da governabilidade.

O G-11 vinha causando dores de cabeça ao prefeito na Câmara. O ápice da turbulência ocorreu quando o grupo fez diversos questionamentos nas propostas “prioritárias” do petista, como a Luos (Lei de Uso e Ocupação do Solo) e o Código de Obras. A queda de braço se arrastou por quase dois meses e forçou Donisete a retirar as propostas da pauta de votação. Depois de acordar a ida de Stella ao governo, o petista reenviou os projetos à Câmara, sem muitas alterações, e a aprovação ocorreu sem nenhuma polêmica.

“Nunca divido a Câmara por grupos. Fui vereador (na década de 1990) e tenho muito respeito por eles. O Legislativo funciona como ressonância, mostra as reclamações da população e nos ajuda a corrigir erros”, disse o chefe do Paço, refutando que as alterações no primeiro escalão tivessem implodido o G-11.

A cassação do mandato de Ivann Gomes, o Batoré (PRB), por infidelidade partidária, também contribuiu para desarticulação do grupo. Adelto Cachorrão (PP) assumiu a cadeira e garantiu apoio irrestrito ao prefeito.

“Estamos aguardando o Batoré voltar. O grupo continua em pé”, despistou Chiquinho. O G-11, que tinha certeza que conseguiria eleger Edgard Grecco (Pros) para presidência da Câmara, agora tem minoria entre as 23 cadeiras. Se quiser manter o planejamento, irá desagradar ao comandante da Prefeitura e ainda terá de cooptar apoiadores.

Já a ida de Simão para Habitação amarrou o PSB para disputa de reeleição em 2016. O partido passou a comandar duas secretarias – Carlos Tomaz chefia Segurança Pública – e entrou na lista para indicar nome do vice de Donisete no próximo pleito.

O petista também alterou o secretariado para resolver problemas internos do PT. Em fevereiro, tirou Tânia Regina Nunes Vieira do comando de Meio Ambiente para entregar a Pasta para Cássia Rubinelli, esposa do vereador Wagner Rubinelli – o ex-deputado federal brigava por espaço mais graúdo no governo.




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