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Após vacina errada, mãe estuda processar Prefeitura
Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
19/08/2021 | 05:04
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Divulgação/ Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil


Francisca Alcione Ferreira Lima, 52 anos, mãe de Francielly Fereira Lima, 16, estuda processar a Prefeitura de Rio Grande da Serra após a jovem receber a vacina contra a Covid da Astrazeneca, imunizante que ainda não foi liberado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para vacinar adolescentes. Somente o fármaco da Pfizer tem autorização para ser ministrado entre jovens de 12 a 17 anos. No total, 12 crianças e adolescentes foram imunizados erroneamente pela Prefeitura.

Segundo Francisca, Francielly não apresentou reações adversas graves, mas diz estar apreensiva quanto à saúde da jovem. “Ela é minha única filha. Já pensou como é que fica caso ela tenha algo grave ou até morra? Por isso procurei um advogado e estou avaliando se cabe algum tipo de processo”, declarou Francisca.
Francielly, que sofre de anemia falciforme, recebeu dose da Astrazeneca no domingo, na UBS (Unidade Básica de Saúde) Centro. Nesse dia, a administração elaborou esquema de drive-thru para imunizar adolescentes com comorbidades, grávidas e puérperas com até 45 dias após o parto.

A mãe da jovem relatou que a Prefeitura não buscou contato com a família ontem e credita à falta apoio da administração para que a família enfrente o problema.
Ester Queiroz Souza, 57, mãe do jovem Raphael Queiroz Souza, 16, e que também foi vacinado incorretamente com dose da Coronavac, que também não recebeu autorização da Anvisa para a faixa etária, relatou que o filho segue sem reações desde domingo, quando foi vacinado. “Aparentemente ele está bem. Não apresentou reações, mas ainda estou preocupada. A Prefeitura não me procurou hoje (ontem)”, declarou.

Secretário de Saúde de Rio Grande, Tchello Pierro (DEM) alegou que, caso haja algum tipo de processo, prestará todos os esclarecimentos necessários aos familiares. “Até o presente momento não recebemos qualquer comunicado a respeito (de processos).”

Sobre a possibilidade de uma segunda dose nos adolescentes, o titular da pasta afirmou que a situação ficará a cargo do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica). “Notificamos o CVE a respeito do erro vacinal e já questionamos sobre a vacina subsequente.” 




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