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GM reduz jornada de 40 para 38 horas em agosto
Por Eric Fujita
Do Diário do Grande ABC
07/07/2005 | 08:35
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Reduzir em duas horas a jornada de trabalho de 40 para 38 horas semanais e parar por dois dias a montagem de veículos. Essas serão as medidas a serem adotadas no próximo mês na fábrica de São Caetano da General Motors como forma de a empresa fazer adequações na linha de produção e iniciar a fabricação, em larga escala, da nova versão do Vectra. A previsão é que o modelo esteja disponível no mercado no último trimestre do ano.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano (vinculado à Força Sindical), Aparecido Inácio da Silva, o Cidão. Segundo ele, a medida é necessária para reduzir a produção normal e garantir tecnicamente as adaptações para receber o novo modelo. O ritmo de montagem voltará ao normal no mês seguinte, quando a unidade começará a produzir de fato a nova versão do carro, informou o sindicalista. A GM não comentou o assunto.

As adaptações na linha de produção já estavam previstas no projeto do novo Vectra, denominado Elux, que entra na terceira geração. Com essa etapa, a montadora encerrou no último dia 24 a fabricação da versão anterior do automóvel.

O novo modelo foi anunciado no início de março pelo presidente mundial da General Motors Corporation, Rick Wagoner, em visita à sede da região. O lançamento faz parte das comemorações dos 80 anos da empresa no Brasil. A montadora investiu R$ 650 milhões no projeto, desenvolvido pelo Centro de Design e Engenharia do Brasil. Mas o desenvolvimento começou em 2004, com a contratação de mais 1,2 mil trabalhadores. Atualmente, a fábrica de São Caetano conta com 8,5 mil funcionários e, além do novo Vectra, produz o Astra, o Corsa e o Classic.

Cidão adiantou que a jornada de trabalho passará de 40 para 38 horas semanais nos dois turnos de trabalho da unidade. Já as paradas de produção, também conhecidas como day off, acontecerão nos dias primeiro e 19 de agosto. "Essas medidas nada têm a ver com os problemas ocorridos antes na unidade, como a queda da produção e a ociosidade na ferramentaria", disse Cidão. A produção da fábrica diminuiu devido à retração do câmbio, que afetou as exportações. Já o setor de ferramentaria corre o risco de ficar ocioso a partir de agosto.

São José– Em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, a GM encerra nesta sexta-feira o PDV aberto para todos os 9 mil funcionários da produção. O mesmo plano de desligamento será repetido a partir de segunda-feira na ferramentaria de São Caetano, após a baixa adesão ao programa anterior.




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