Começa este mês a construção do piscinão do Taboão, em São Bernardo. Anunciado com alarde pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no final do ano passado, após um temporal que deixou submersa a ponte do Km 13 da via Anchieta, o início das obras no reservatório era aguardado para abril deste ano, mas problemas no processo de licitação obrigaram o Estado a rever o cronograma.

Uma das empreiteiras interessadas em construir o piscinão, orçado em R$ 14,4 milhões, perdeu o prazo de apresentação de propostas e entrou com ação no TCE (Tribunal de Contas do Estado) para evitar sua exclusão da licitação. Por três meses o processo tramitou no tribunal antes da Justiça considerar a ação improcedente, no último dia 13. Em 22 de junho, foi assinado o contrato com o grupo vencedor.

Com 400 mil litros de capacidade, o piscinão do Taboão será o segundo maior reservatório do Grande ABC dentro do plano de macrodrenagem, que já possui 14 reservatórios espalhados em quatro das sete cidades da região – São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não têm piscinões. Quando inaugurado, o reservatório só será menor que o piscinão Capuava, em Mauá, com 800 mil litros de capacidade.

O piscinão do Taboão captará as águas das cheias do ribeirão dos Couros que hoje tomam as pistas do Km 13 da via Anchieta. No fim do ano passado, quando Alckmin anunciou a construção do piscinão, um homem ilhado precisou ser içado de helicóptero. Imagens do resgate foram exibidas ao vivo pela televisão.

 Dentro de 90 dias, o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) também pretende inaugurar o piscinão de São Caetano, à margem da avenida Guido Aliberti. Por lá, as obras começaram em setembro de 2003 e, pelo cronograma inicial, deveriam ter terminado em junho do ano passado.

Com capacidade para armazenar 235 mil litros de água do ribeirão dos Meninos, o reservatório terá a difícil missão de acabar com as tradicionais enchentes de São Caetano, que por conta de sua geografia é uma das cidades mais afetadas pelas chuvas no Grande ABC. Outro piscinão aguardado para a região é do córrego do Oratório, na divisa de Santo André com a zona Leste de São Paulo, As obras devem começar em outubro.