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Governo cria norma para obrigar cliente a cumprir recall
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
15/10/2010 | 07:20
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O recall de veículos não gera ônus aos consumidores, no entanto,o Ministério da Justiça aponta que 40% deles preferem não levar o carro para reparos. Com cerca de 1,1 milhão de veículos com registro de defeitos no País só neste ano, o problema tornou-se de interesse público e obrigou a criação de norma para evitar que consumidores deixem de fazer os reparos. A partir de novembro, todos os automóveis que forem convocados para recall, e cujos donos não atenderem ao chamado das montadoras, terão a situação registrada no Renavam (Registro Nacional de Veículos).

Ontem, os ministros da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e das Cidades, Márcio Fortes, assinaram acordo de cooperação técnica que cria o sistema de registro de avisos de risco. Segundo o conselheiro da SAE Brasil (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade), Francisco Satkunas, a medida será mais um canal de comunicação com o consumidor e deverá diminuir sigficativamente as abstenções nos reparos.

"Muitos preferem levar o carro para correção do problema e não para prevenção. Com isso, o veículo pode passar de mão em mão e ter esse problema detectado só mais tarde. Com a medida isso deve diminuir", afirma.

Para Satkunas, a norma ajudará consumidores que tem mais dificuldade no acesso às informações do recall, além de interessados na compra do veículo ou mesmo terceiros. "Todos esses estão sujeitos a enfrentar o problema por conta da falta desse reparo. Muitos acham que só pode fazer o recall dentro da garantia do veículo, o que não ocorre. Para a montadora não interessa, por exemplo, quem é o dono, interessa que, se o carro está no grupo de risco, precisa corrigir a peça."

O acordo - que corresponde a parceria entre o DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor) e o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) - não vai atingir os carros que já apresentaram defeito neste ano, sendo válido apenas para recalls comunicados a partir da publicação da norma, esperada para a primeira semana de novembro.




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