Quem deixou para visitar o 5º Festival de Inverno de Paranapiacaba neste sábado não teve do que reclamar. Nem mesmo a espessa névoa que teimava em encobrir o charme da vila inglesa conseguiu afastar os quase dez mil visitantes que chegavam minuto a minuto pela parte alta e baixa da vila andreense.

Enquanto alguns aproveitavam para experimentar as iguarias servidas nas mais de 30 opções de restaurantes, bares e barracas, outros se aglomeravam para acompanhar as apresentações alternativas que agitavam o público em pontos isolados do local. Caso do guarda municipal Maciel Aparecido Vinha, 30 anos. O morador de São Bernardo fugia do discreto frio que tomou conta da vila em frente a casa Fox, uma das partes cobertas do evento, assistindo a apresentação do animado Grupo Brasileirinho, que fez os presentes sacudirem ao som de clássicos do chorinho. "Essa é a segunda vez que venho ao Festival. Nesta edição é o segundo dia que venho e acho que em relação à comida e aos preços está bem legal, mas ano passado o tempo ajudou mais, estava frio e o Festival parecia um pouco mais organizado", afirmou Vinha.

Já a autônoma Miriam Barreiro Marchetti, 45, se divertia ao lado do marido em uma das concorridas mesas do famoso Bar da Zilda. Entre um gole de cerveja e outro, a visitante de Diadema elogiava a estrutura do evento. "Estive aqui na terceira edição do Festival e acho que as coisas melhoraram muito. Principalmente em relação à alimentação, não havia muitos lugares bacanas e hoje está muito bom. A organização do estacionamento também está legal", conta. A única coisa que mereceu a reprovação de Miriam foram os valores cobrados pelos artesãos. "Achei algumas coisas muito caras."

Alternativos – Não foi só o choro que agitou os visitantes do Festival. O grupo K.Ram.K arrancou aplausos do público mais descolado numa apresentação debaixo de muita névoa e em plena rua. Um pouco mais cedo, o cantor andreense Márcio Augusto e Banda lotou o Viradouro com uma mistura pop e rock.

Enquanto a música parecia ser a diversão preferida dos turistas, a costureira andreense Eliane Gomes de Sá, 31, gostou mesmo da oferta teatral oferecida pelo Festival. "Vim no show do Luiz Melodia no primeiro dia, mas hoje trouxe minha afilhada para ver as peças infantis", contou.

Mesmo com o tempo, que piorava hora a hora – a saída da Vila depois das 16h só era possível com o auxílio de comboio, – turistas não paravam de chegar para as apresentações da noite, entre elas, a do grupo Pau Brasil e Gafieira do Da Lua.