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'O PMDB continuará dividido', diz Hélio
07/07/2005 | 00:38
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O novo ministro das Comunicações, Hélio Costa, admitiu nesta quarta-feira que o PMDB continuará dividido, mesmo com a maior participação no governo Lula. Costa vislumbra a possibilidade da indicação de mais um ministério para o partido, num futuro próximo. "Ficou tecnicamente difícil decidir nesse momento o quarto ministério. Eu até entendo que, no futuro próximo, o presidente pode reavaliar a posição com o PMDB", observou.

Costa acredita que a maioria peemedebista na Câmara dos Deputados poderá ser afetada pelo grupo de parlamentares ligados ao ex-governador e secretário de Governo e Coordenação do Estado do Rio, Anthony Garotinho (PMDB). O novo ministro das Comunicações afirmou achar que o setor identificado com a oposição pode optar, futuramente, por uma debandada da legenda.

"O que pode acontecer e desequilibrar um pouco essa equação na Câmara dos Deputados é se amanhã um determinado candidato, já pré-anunciado, chegar à conclusão de que ele não vai poder ser o candidato à Presidência da República pelo PMDB, sair do partido e levar 10, 15, 20 deputados", disse. Em sua avaliação "não existe nada mais organizado dentro da bancada federal do PMDB" do que os votos dos parlamentares ligados a Garotinho.

Reação – O novo ministro reagiu à disposição do presidente nacional da sigla, deputado Michel Temer (SP), de pedir a desfiliação. A princípio, disse que não comentaria o assunto, mas depois ironizou: "Perder um quadro como eu no PMDB? Tive 3 milhões de votos. Quantos ele teve para ser deputado?", perguntou. Apesar de dizer que pretendia lutar pela unidade nacional do partido, Costa demonstrou que não pretende aceitar ataques da ala oposicionista."Nós vamos tomar o PMDB dessa turma que fica aí fazendo essas notícias todas atravessadas", disse.

O ministro lembrou que o apoio ao governo Lula tem sido rigorosamente de um aliado fiel desde o lançamento da candidatura do presidente. Disse que Lula fez uma convocação ao partido, que tem o dever de atender a este chamamento. "O PMDB tem tudo para trabalhar para que nós possamos superar essa crise", afirmou. Costa considera sua indicação e a do deputado Saraiva Felipe (MG), para o Ministério da Saúde, como "técnicas". "Eu só aceitaria uma indicação na medida em que fosse dentro de uma área do meu conhecimento", observou, fazendo o mesmo em relação ao correligionário mineiro. "Além de médico, ele já foi secretário de Saúde de Minas Gerais, já foi diretor de área dentro da Saúde, ajudou a implantar o sistema SUS (Sistema Único de Saúde) no País", disse.




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