Política Titulo Passivo de precatórios
Gestão Grana vai reeditar termos da Câmara de conciliação

Prefeitura anuncia mudanças em projeto após primeiro chamamento não receber demanda

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
22/07/2015 | 07:00
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Depois de um ano da efetivação da proposta, a administração do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), vai reeditar termos do projeto da Câmara de conciliação, elaborada pelo secretário de Finanças, Antônio Carlos Granado (PT), para reduzir a fila de precatórios na cidade. A dívida judicial e histórica do município gira em torno de R$ 970 milhões, em discussão com o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Na primeira fase do plano, houve, segundo o Paço, “intenção manifestada de dez casos, mas por pressão dos advogados, todos recuaram”.

A matéria anterior permitia a negociação com credores em paralelo por intermédio da comissão, com abatimento parcial dos débitos em até 50% de deságio. A Prefeitura sinalizou, por sua vez, a adequação do plano, indicando que “definirá, nos próximos dias”, o texto do novo chamamento de convocação, “respeitando a modulação da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 4357”, referindo-se a medida que corre no STF (Supremo Tribunal Federal). “Neste momento, não é possível adiantar os termos, pois estamos em fase de fechamento do edital”, acrescentou o governo petista, por nota.

O procedimento funciona como um leilão ao contrário. Quanto maior o desconto oferecido por quem tem a receber da Prefeitura, barateando o montante, mais rápido sai o dinheiro. Grana sustentou que tem cumprido integralmente com o acordo de pagamento mensal de 3,87% da receita corrente líquida, o que corresponde a quantia superior a R$ 5,8 milhões. “Há problema crônico de precatórios. São R$ 70 milhões por ano ao Judiciário, o que dá quase R$ 300 milhões em quatro anos (período de um mandato). Nós estamos abatendo a dívida. Isso é importante”, frisou o petista.

Em Diadema, o deságio é de até 20% ao passivo de natureza alimentar e redução de 30% aos débitos de origem não alimentar. O projeto foi implantado em 2012, na ocasião, por Mário Reali (PT). Por outro lado, a Prefeitura paga em torno de R$ 1,6 milhão ao mês. O passivo na cidade é em torno de R$ 140 milhões, com estimativa de finalizar em sete anos.

Há expectativa dos precatorianos de que o texto possa se aproximar do modelo diademense ou de São Paulo. Após a republicação da medida, a negociação ficará aberta para interessados na Praça de Atendimento do Paço.




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