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Redes varejistas apostam em investimentos
Por Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
13/07/2009 | 07:04
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Claudinei Plaza/DGABC


Para atrair clientes e ampliar área de atuação, grandes redes varejistas deixam a crise econômica de lado e apostam alto em investimentos.

Com gastos estimados em R$ 35 milhões em pouco mais de um ano, as 144 lojas da rede de supermercados Pão de Açúcar vão ficar de cara nova.

A mudança mais evidente estará no símbolo chapado dos morros cariocas, que há 60 anos está estilizado no logotipo da marca. Com formas tridimensionais e transparentes, o recurso passa também a ser explorado nas peças publicitárias.

A marca Pão de Açúcar, que além de batizar o grupo segue também sendo o nome da rede de lojas que deu origem ao negócio, vale R$ 397 milhões pelos cálculos da empresa de branding MillwardBrown, que avaliou as marcas de 160 companhias brasileiras de capital aberto. A Pão de Açúcar ficou na 27º posição no ranking final.

A nova forma da marca, onde o verde predomina, foi resultado da escolha de pesquisas de publicidade do grupo. Com ela, o Pão de Açúcar pretende dar leveza e movimento aos velhos morrinhos.

CARREFOUR - Enquanto isso, a rede varejista francesa Carrefour investe na exportação do formato atacadista. Dois anos depois de ter desembolsado R$ 2,2 bilhões para ficar com o Atacadão, a rede mais cobiçada do ‘atacarejo' no Brasil, o Carrefour decidiu exportar esse formato de loja para outros países.

No primeiro trimestre do ano que vem, a multinacional inaugura na Colômbia a primeira loja com o formato do Atacadão. Esse modelo de loja, que atende simultaneamente o consumidor do atacado e do varejo, tornou-se um sucesso no Brasil.

"Temos uma lista de países para os quais o modelo será exportado", afirmou o diretor-presidente do Carrefour Brasil, Jean Marc Pueyo, sem revelar os endereços das novas lojas no exterior. Ele não descarta nem a possibilidade de abrir lojas do Atacadão na França.

Segundo o executivo, é preciso analisar os mercados e ver se há demanda por esse tipo de loja. Pueyo lembra que a Metro, rede alemã de hard discount - com operação enxuta e preço baixo - , está na França e em vários países da Europa. "O Metro é um tipo de Atacadão, e é uma bandeira forte. Por que não abrirmos lojas nesse formato por lá?", questiona.

As equipes de trabalho do Carrefour da Colômbia estão sendo treinadas pelos brasileiros, exatamente para absorver a cultura do negócio, que, segundo o executivo, é um ponto chave para que esse formato tenha sucesso.

As 15 lojas com a bandeira Atacadão espalhadas pelo País chegam a representar hoje 30% do faturamento do grupo Carrefour.

No ano passado, a receita total da companhia no País atingiu R$ 22,4 bilhões. (com agências)




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