Pretinho do Água Santa se coloca como nome do governo; última vez foi em 2004
Presidente da Câmara de Diadema, Pretinho do Água Santa (DEM) tem se colocado internamente como potencial candidato do governo do prefeito Lauro Michels (PV) na disputa à sucessão do verde neste ano. Se tiver o projeto oficializado nas urnas, colocará os democratas de volta à corrida pelo Parque do Paço após 16 anos fora da briga.
O histórico do DEM em Diadema não é dos melhores. O partido, antigo PFL, só passou a ganhar maior protagonismo das eleições de 2016 para cá. Naquele pleito, elegeu dois vereadores: Pretinho – cuja candidatura teve apoio em peso do Água Santa, o time da cidade – e Salek Almeida, ambos eleitos para o primeiro mantado. Antes disso, porém, o partido considerado de centro-direita nunca havia conquistado cadeira no Legislativo de Diadema, cidade que deu ao PT sucessivos mandatos na Prefeitura e que guardava simpatia a partidos então considerados progressistas, como MDB e PSDB.
A última vez que o DEM figurou na corrida pelo Paço diademense foi no pleito de 2004, polarizado entre José de Filippi Júnior (PT) e José Augusto da Silva Ramos (PSDB) – a disputa foi vencida pelo petista, no segundo turno, com a diferença de apenas 554 votos. O acirramento daquela eleição imprimiu o desempenho pífio do então candidato do antigo PFL, Francisco Luna: recebeu 2.541 votos (1,16%), amargando o quarto lugar da disputa.
Nem antes nem depois daquele ano – da redemocratização, em 1985, até 2016 – o DEM conquistou mandatos na casa. Em 2008, apoiou o então candidato oposicionista José Augusto (PSDB), mas o páreo foi vencido ainda no primeiro turno por Mário Reali (PT). Naquela ocasião, formou coligação com o PSB e o PTB, só que apenas esses dois partidos conquistaram cadeira no Legislativo.
Quatro anos mais tarde, em 2012, deu guinada e se aliou ao grupo governista a fim de conquistar vaga na casa, formando pela primeira vez em sua história aliança com o PT de Diadema. Aquele embate, porém, foi vencido por Lauro Michels (PV), no segundo turno. Os primeiros triunfos vieram na eleição seguinte, de 2016, quando só chegaram à Câmara após ser reestruturado e integrado o projeto de reeleição de Lauro. Agora, o partido briga pelas bênçãos de Lauro para encabeçar projeto de sucessão governista. Pretinho, porém, disputa o apoio com a secretária Regina Gonçalves (PV, Habitação).
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