Política Titulo Tabu na região
Quatro políticos cogitam desafio de buscar 4ª gestão

Auricchio, Kiko, Filippi e Oswaldo Dias têm condições de brigar no páreo para assumir mandato inédito

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
28/07/2019 | 07:00
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Montagem/DGABC


Quatro figuras políticas do Grande ABC estão cotadas para entrar na eleição de 2020 com desafio de buscar pela primeira vez na história da região eventual quarto mandato majoritário. Os prefeitos José Auricchio Júnior (PSDB, de São Caetano) e Adler Kiko Teixeira (PSB, de Ribeirão Pires), bem como os ex-chefes do Executivo José de Filippi Júnior (PT, de Diadema) e Oswaldo Dias (PT, de Mauá) integram essa lista e têm condições de brigar no páreo na tentativa de assumir marca inédita. Por serem de redutos diferentes, eles poderiam, inclusive, alcançar o feito ao mesmo tempo.

Os ex-prefeitos Celso Daniel (PT, de Santo André, morto em 2002), Mauricio Soares (PHS, de São Bernardo), Luiz Tortorello (PTB, morto em 2004) e Hermógenes Walter Braido (PTB, de São Caetano, morto em 2008) chegaram também a atingir o patamar de três gestões. Celso e Tortorello faleceram durante o exercício do mandato, já na reeleição. Braido, por sua vez, havia se afastado da política antes de sua morte. Já Mauricio não disputa corrida majoritária desde 2000. Quase entrou na empreitada de 2008, mas retirou seu nome. Em 2016, apoiou Orlando Morando (PSDB), vencedor do pleito.

Lauro Gomes (PTB, de São Bernardo, morto em 1964), Newton Brandão (PTB, de Santo André, morto em 2010), Valdírio Prisco (de Ribeirão Pires, morto em 2012) são outros nomes também com três mandatos na carreira. Entre as décadas de 1950 e 1960, Lauro Gomes foi protagonista e entrou em particularidade adicional por tratar-se de mandatos em municípios distintos (São Bernardo e Santo André), abrindo caminho para Kiko, que, além de chefiar hoje o Paço de Ribeirão, governou Rio Grande da Serra por oito anos (de 2005 a 2012).

Kiko é de família tradicional em Rio Grande, onde teve dois irmãos prefeitos (Aarão Teixeira e José Teixeira). O socialista alegou que momento é prematuro para fazer análise precisa. “Faltam 14 meses para a eleição. Espero, primeiramente, bom resultado (do governo). O que posso dizer é que eu, assim como os demais (mencionados), reuni experiência e vai caber à população julgar (mandato nas urnas) quem merece ou não novo voto”, disse o socialista, cotado a disputar a reeleição pelo tucanato. Emendou que a principal preocupação atual passa pelas “metas de gestão”, inseridas no plano de governo. “A questão financeira para efetivar realizações é o grande desafio.”

Afilhado político de Tortorello, Auricchio ponderou que o “fato de ser tabu não muda” a sua motivação. Para o tucano, fator determinante de estímulo, após manifestação de seu grupo para que entre novamente no páreo, é do ponto de vista de “consolidar status que a cidade está se recolocando, de se concretizar um legado”. “Principalmente de estabilidade econômica, e reputo isso à modificação estrutural promovidas no primeiro e segundo ano”, afirmou, ao considerar que o conceito do ‘novo’ na política precisa encontrar equilíbrio. “Tem figuras já de cabeça branca e que as práticas não são (velhas). O que é o novo? Colocar filho de embaixador? Não estou criticando a pessoa. É o conceito.”

Filippi relatou esperar que alguém dos quatro possa quebrar esse recorde. Para ele, por outro lado, “nenhuma gestão vive só do passado”. “Fiquei 12 anos como prefeito e nunca um ano foi igual ao outro. Passei por três presidentes (Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva). Enfrentei o apagão na época do FHC. Transição do (Fernando) Collor (de Mello, que sofreu impeachment em 1992). Sempre enfrentamos desafios. De forma oportunista muitos pegaram essa coisa de ser novo. O prefeito que deve continuar é aquele que apresenta gestão exitosa. Lamento que esse prefeito de Diadema (Lauro Michels, PV) seja o mais novo em termos de idade (tem 37 anos) e o mais velho de qualidade e desempenho.”

Fora do Paço desde o fim de 2012, Oswaldo ponderou que ainda enfrenta disputa interna – concorrência inclui o vereador Marcelo Oliveira e o ex-vice-prefeito Paulo Eugenio Pereira Junior. “São três nomes hoje em discussão. Acredito que já depois do PED (Processo de Eleição Direta), podemos nos debruçar, e decidir entre outubro e novembro”, disse, ao mencionar que eventual marca inédita do quarto mandato “não é o que entusiasma”. “Estou à disposição. (Em caso de escolha pelo meu nome) Será teste real de aprovação (dos mandatos).”
(Colaborou Raphael Rocha) 




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