Política Titulo Disparos na tribuna
Mesa diretora da Câmara racha em Sto.André

Discussão de vale-refeição foi estopim para crise na composição; Ronaldo é criticado por atuação

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
03/06/2015 | 07:00
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Debate firmado sobre vale-refeição dos funcionários da Câmara de Santo André deixou explícito racha na mesa diretora. A discussão foi estopim ontem para evidenciar crise entre os integrantes da composição. Na sessão de ontem, vereadores que compõem o grupo protagonizaram bate-boca na tribuna, em plenário. O presidente do Legislativo, bispo Ronaldo de Castro (PRB), recebeu duras críticas dos parlamentares Almir Cicote (PSB) e Ailton Lima (SD) por sua atuação independente dos demais colegas.

As tratativas preveem aumento de R$ 75, ampliando para R$ 700 o benefício, seguindo negociação de 8% de reajuste. Há estudo para conceder o acréscimo. Entretanto, segundo os autores dos ataques, não teve encontro para diálogo. O texto que dispõe sobre o levantamento não tinha assinatura de nenhum parlamentar. Ailton alegou que Ronaldo tem apenas interesse no status e bônus de ser presidente, porém se esquiva do ônus do cargo. “Prova disso é que no Código de Ética ele está tentando nos empurrar essa conta.”

A briga interna já havia sido destacada após o dirigente da Casa terceirizar a ambos a abertura de comissão de ética no caso da vereadora Elian Santana (Pros), que usou de forma irregular estrutura do gabinete para cadastro do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, vinculado ao governo federal.

Cicote afirmou que Ronaldo “jamais teve gesto de hombridade” de discutir propostas da mesa, centralizando as decisões. “Durou apenas até assinarmos as nomeações (dos comissionados). Sequer uma reunião depois deste episódio”, frisou. “O Código de Ética é de inteira responsabilidade do presidente, por exemplo. Então, não adianta achar que aqui é sua igreja. Se ele não fizer gestão compartilhada enfrentará muitos problemas nesta Casa”, disse. O dirigente foi eleito em dezembro ao negociar o pleito com ala independente ao governo Carlos Grana (PT).

Ainda falta um ano e meio de gestão na mesa. Até mesmo o tempo da fala na tribuna ficou controlado entre os envolvidos. Ronaldo mencionou que tem evitado desgaste político com os dois colegas diante da falta de cooperação. Ele citou que não conseguiu aval para dar o aumento, momento em que foi chamado de “mentiroso”. “Tem até estudo. Deixei claro que havia interesse na proposta de reajuste.”




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