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Site mapeia suspeitas de Covid-19 na região

Plataforma criada pela UFABC e pelo Consórcio já contabilizou 490 casos desde 28 de abril

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
08/05/2020 | 00:01
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Pixabay


A plataforma Covidata, lançada em parceria entre a UFABC (Universidade Federal do ABC) e o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC já mapeou 490 casos suspeitos da Covid-19 nas sete cidades da região. Lançada no dia 28 de abril, a ferramenta recebeu 3.579 acessos de diferentes partes do Brasil e do mundo. Destes, 1.201 cadastros são de moradores do Grande ABC, dos quais 490 foram identificados como suspeitos leves a graves de contaminação pelo novo coronavírus. Os dados foram apresentados ontem pela manhã, em coletiva de imprensa virtual.

O acesso à plataforma, que pode ser consultada pelo celular ou pelo computador e notebook (covidata.ufabc.edu.br), permite visualizar os dados separados por bairros e/ou regiões, bem como gráficos que identificam os casos por faixa etária e gênero, entre outras informações. A coordenadora do projeto, professora Fernanda Almeida, explicou que os resultados são preliminares e que a ferramenta segue em atualização. “Estamos preparando para que a pessoa possa informar se já recebeu diagnóstico médico antes, por exemplo”, citou.

O presidente do Consórcio e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania), destacou que a plataforma é mais uma fonte de informação para subsidiar a tomada de decisões das prefeituras. “Em Rio Grande da Serra vamos entrar em contato com os casos suspeitos, verificar se as informações procedem e que tipo de atendimento essas pessoas precisam”, citou. Os dados são compartilhados com todas as prefeituras da região.

A dispersão dos casos por bairros e regiões se assemelha às divulgações que têm sido feitas pelas administrações, mas também foram citados bairros onde, até o momento, ainda não há informação oficial sobre casos confirmados. “Muitas dessas pessoas ainda não apareceram nos boletins das prefeituras”, ponderou o secretário executivo do Consórcio, Edgard Brandão.

Um dos gráficos disponibilizados chama atenção. Dos 490 registros, 440 são de pessoas que têm entre 20 e 60 anos, ou seja, perfil que não está no grupo de risco da doença – acima dos 60 anos –, que pode até ter sintomas mais leves, mas, mesmo assim, transmite o novo coronavírus.

“Isso mostra que, diferentemente do que a gente pensava no começo da pandemia, que a Covid-19 era uma doença que acometia mais as pessoas idosas, os mais jovens também estão sendo afetados”, pontuou Brandão. Uma justificativa para o dado é o fato de os mais velhos enfrentarem dificuldades para acessar a plataforma e informar os sintomas.

Até ontem, de acordo com as prefeituras da região, havia 2.502 casos confirmados da doença e 240 mortes. Outros 5.717 pacientes aguardam pelos resultados dos exames.

A partir de amanhã serão colocados banners em todas as estações de trem da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) divulgando a plataforma, para que haja cada vez mais acessos. A comunicação visual conta com QR Code para acesso imediato pelo celular ao site. “Quanto mais informações tivermos, maior a possibilidade de acerto”, afirmou Maranhão. 




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