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Show reúne 100 mil pessoas em Mauá
Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC
02/05/2008 | 07:03
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Nada de discursos ou reivindicações trabalhistas como era comum em anos passados. Em Mauá, a festa de 1º de Maio, organizada pela Prefeitura no estacionamento do Paço Municipal, foi uma boa oportunidade para quem desejava ver de perto cantor, dupla sertaneja ou grupo de pagode preferidos. A organização do evento estima que 100 mil pessoas compareceram ao Paço durante toda a tarde.

Na abertura da programação, o único político a subir ao palco foi o prefeito Leonel Damo, que não discursou, apenas agradeceu a presença do público e lembrou que a festa era para os trabalhadores. A ausência de personalidades do meio sindical deixou o Dia do Trabalho com cara de feriado comum.

Em suma, o evento foi classificado pelo próprio público como importante porque “deu ao povo a possibilidade de se divertir sem ter de gastar.”

“Acho que é um dos melhores eventos da cidade. Não temos praças nem bons lugares públicos para o lazer e isso aqui dá um pouco de alegria para a população esquecer, mesmo que por poucas horas, tantas notícias ruins”, disse a dona de casa Emília da Silva Tavares, 52 anos.

A professora do ensino médio Odete Santana, 45, pensa de forma semelhante. “É um entretenimento. Nós precisamos de um pouco de alegria para esquecer os problemas do dia-a-dia”. Já a dona de casa Ana Lúcia Mendonça, 56, comparecia pela primeira vez ao evento. “Foi a melhor coisa que fiz. Deixei os problemas de lado por alguns momentos”, declarou.

Voz destoante foi da também dona de casa, Marisa Arias da Silva, 51, que lembrou o motivo de o dia ser feriado. “Acho importante estar aqui, não só pelo show, mas também porque é um dia de reivindicação”, afirmou. Residente em São Paulo, Marisa estava acompanhada do marido, o aposentado Antonio Natalício, 53, e da irmã, Neusa Arias, 42, esta residente em Santo André.

Prefeito - Para o prefeito de Mauá, Leonel Damo, as comemorações do 1º de Maio não podem ser exclusividade dos sindicatos. Prefeituras e outras entidades também podem e devem participar porque se trata de um dia de homenagem ao trabalhador.

“Eles ajudam a economia do País a crescer. Então, por que não fazer uma festa para eles? Por que só os sindicatos podem fazer?”, disse Damo, questionando.

No ponto de vista do prefeito, os trabalhadores já estão suficientemente maduros para saberem a hora e o lugar certo para fazerem suas reivindicações.

“Não vejo a postura das pessoas como sinal de alienação. Os trabalhadores sabem separar o momento da festa do momento de lutar pelos seus direitos.”

Ocorrências - O posto médico montado ao lado do palco registrou durante toda a tarde 35 ocorrências. Entre elas, o registro de dois rapazes agredidos durante princípio de confusão e de dois adolescentes alcoolizados. Todos encaminhados ao Hospital Nardini.



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