O temporal de ontem começou por volta das 14h na região e durou 40 minutos. Tempo suficiente para alagar avenidas, impedir a circulação de ônibus e trens, deixar pedestres e motoristas ilhados e provocar deslizamentos.

Em Santo André, a Avenida Industrial, na altura do Parque Celso Daniel, ficou alagada, assim como o Viaduto Adib Chammas, no Centro, que teve pontos intransitáveis por conta de um bueiro entupido.

Ônibus e trólebus em direção à Avenida dos Estados não puderam circular por meia hora, devido a cheias na via e na saída do Terminal Leste (próximo ao mercado Assaí), Funcionários da Metra informaram que os carros saíram com intervalos mais longos.

Entre 15h e 15h20 a CPTM interrompeu as atividades entre as estações Capuava e Santo André, da Linha 10-Turquesa. O trajeto entre as estações foi realizado através de integração com ônibus. Em Mauá, o asfalto cedeu e a água causou erosão, deixando uma mulher isolada em sua casa, no Jardim Rosina. Uma equipe da Secretaria de Mobilidade Urbana foi enviada ao local.

Já em Ribeirão Pires, houve movimentação de terra no bairro Recanto Suíço, o que provocou interdição parcial de uma garagem. Ninguém ficou ferido. Nas demais cidades do Grande ABC, as defesas civis informaram que nenhuma ocorrência relacionada ao mau tempo foi registrada.

BALANÇO 

Desde que a Operação Verão teve início, em 1º de dezembro, o Estado de São Paulo já registrou 12 mortes em decorrência das chuvas. O número de vítimas é o mesmo alcançado no ano passado, até 31 de março. Segundo dados da Defesa Civil, os óbitos foram causadas principalmente por raios (sete), e por enchentes (três).

Na região, duas pessoas ficaram feridas e um menino de 10 anos morreu após ser atingido por um raio em Ribeirão Pires. Ao todo, 143 famílias foram desalojadas - tiveram de ser acolhidas temporariamente na casa de parentes e amigos - e outras sete ficaram desabrigadas, ou seja, tiveram suas casas condenadas e interditadas.