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Paulo Serra prevê Paço com 290 comissionados

Prefeito eleito de Sto.André é diplomado e promete austeridade; Justiça confirma Zezão e Alemão

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
15/12/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Diplomado ontem como prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB) adiantou que trabalhará com 290 comissionados no Paço, quantidade 40% menor do que o quadro da atual gestão, sob o comando de Carlos Grana (PT).

A Justiça Eleitoral também reconheceu ontem a eleição de Alemão Duarte (PT) e de José Teixeira Mendes, o Zezão (PDT). Ambos herdam as cadeiras dos veteranos José Montoro Filho, o Montorinho (PT), e José de Araújo (PSD), respectivamente, que foram enquadrados pela Lei da Ficha Limpa e tiveram as candidaturas impugnadas após o pleito.

O corte de cargos destinados a apadrinhados – atualmente são 484 – faz parte das medidas de austeridade prometidas por Paulo e será estabelecido por meio de decreto logo nos primeiros dias da gestão do tucano, como já havia antecipado o Diário no dia 6. “A primeira atitude (de governo) será o enxugamento de gastos, a serem definidos por meio de decretos. O resultado concreto (das medidas de austeridade) ocorrerá a partir do primeiro dia de governo. Queremos voltar a pagar em dia os fornecedores dentro dos 100 primeiros dias de gestão”, afirmou o tucano, que também frisou a necessidade de superar o que chamou de “deficit operacional do dia a dia da Prefeitura”, estimado em R$ 8 milhões.

Além disso, Paulo falou que pretende sanar o montante de R$ 300 milhões de restos a pagar a serem deixados pela atual administração, segundo ele. O prefeito eleito também indicou que contingenciará o próprio Orçamento de 2017, mas argumentou que ainda não definiu de quanto será essa margem de economia.

Em ato rápido realizado na Câmara, a diplomação formalizou ainda vitória do vice-prefeito, o atual vereador Luiz Zacarias (PTB), e de todos os 21 parlamentares que atuarão na próxima legislatura (2017-2020).

Em seu discurso, o juiz da 156ª Zona Eleitoral, Márcio Bonetti, alertou os políticos eleitos para o “descrédito com a classe política”. Entretanto, Paulo avaliou que o Brasil passa por “perigosa crise institucional” e que o descontentamento da população “é generalizado”, incluindo o Judiciário no rol de rejeitados. “O descrédito não é só com a classe política, mas com o poder público como um todo, dos três poderes. Mas eu tenho certeza que, como a democracia brasileira está amadurecida, vamos conseguir superar tudo isso e vai surgir outro processo político, outro processo no Judiciário e outro no Legislativo”, salientou, ao completar que a “transparência” na gestão será o método para reverter o descrédito dos eleitores. Com exceção de Paulo Serra e do prefeito reeleito Gabriel Maranhão (PSDB), de Rio Grande da Serra, os outros cinco prefeitos eleitos tiveram votação inferior ao número total de abstenções e votos brancos e nulos.

A equipe de transição indicada por Paulo terá hoje a última reunião com o grupo designado pela atual gestão. Hoje é a vez da diplomação dos prefeitos, vice e vereadores eleitos de São Bernardo e de Ribeirão Pires. 




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