A Polícia Ambiental do Grande ABC informou que irá colocar uma equipe de policiais à disposição da Eletropaulo para que a empresa de energia feche o terreno que se transformou em depósito de lixo clandestino. A Eletropaulo alega que ainda não cercou a área, que fica entre a rua São Tomás Mouro, no Sítio dos Vianas, em Santo André, e a rua Santa Rita de Cássia, no Jardim Industrial, em São Bernardo, porque seus funcionários teriam se sentido ameaçados por parte das pessoas que garimpam para encontrar ferro no local.

“Temos interesse que a Eletropaulo feche totalmente o terreno. É só eles enviarem um ofício para a gente, que colocaremos uma equipe de segurança para a Eletropaulo executar o trabalho. Não queremos que aquela área fique mais degradada do que já está”, avisa o tenente da Polícia Ambiental Rogério Lemos de Toledo. O terreno onde a Eletropaulo mantém suas torres de transmissão é considerado uma área de proteção manancial.

A Eletropaulo, por sua vez, informou que irá entrar em contato nos próximos dias com a Polícia Ambiental do Grande ABC para finalmente fechar o terreno. Há quase um mês, o Diário denunciou que o local estava se transformando em um depósito de lixo clandestino. Quarta-feira pela manhã, a reportagem esteve novamente na área, que faz divisa entre as cidades de Santo André e São Bernardo, e foi recebida com pedras por alguns garimpeiros.

No mesmo dia, a Polícia Ambiental vistoriou o terreno e autuou um caminhoneiro e um garimpeiro. O primeiro depositava entulho no terreno e o garimpeiro procurava metais para comercializar. Os dois irão responder a processo por crime ambiental por terem exercido “atividade poluidora contra o meio ambiente”. O garimpeiro Cláudio Alves dos Santos, 33 anos, e o caminhoneiro Francisco Saraiva de Azevedo, 52, terão de pagar multa de R$ 1.102,93. O lixão clandestino começou a ser formado há quase três meses e segundo os moradores da região mais de 40 caminhões de entulho são despejados por dia.