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Depoimento de Delúbio nesta quarta terá a marca da imprevisibilidade
20/07/2005 | 00:04
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Delúbio Soares era o homem do cofre do PT desde 2000 e nesta quarta-feira pode se tornar o homem-bomba do partido do presidente Lula. Blindado por um habeas-corpus que o previne de uma eventual prisão e lhe permite esquivar-se de perguntas mais difíceis, o ex-tesoureiro chega à CPI Mista dos Correios com a marca da imprevisibilidade. Ninguém sabe o que ele vai falar, nem qual versão dará para a dinheirama que Marcos Valério tomou emprestado em nome do PT.

Os parlamentares já elegeram a mais crucial das dúvidas: a origem e o destino desse dinheiro. O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), não acredita nessa nova versão e vai tentar desmontá-la. É praticamente improvável que ninguém mais soubesse desse esquema, como Delúbio garantiu. "Não veio todo de empréstimos, mas deve ter dinheiro de ações espúrias do governo federal."

Ele acha que o fundamental é saber quem foram os destinatários dos milhões de reais movimentados por Valério. Até mesmo antigos aliados querem respostas. "O caixa 2 é um meio, não define nada", afirmou o deputado José Eduardo Martins Cardozo, também da CPI. "Ele pode ser formado por recursos de empréstimos ou não. Supondo que tenha sido dinheiro vindo de corrupção, aí o crime não será menor", cobrou. Nesta terça-feira não foi aceita a proposta de suspensão provisória de Delúbio Soares do PT. A proposta foi derrotada na Executiva Nacional por 11 votos contra sete.




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