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Região investiga 1ª morte suspeita por febre amarela

Óbito foi registrado ontem, em Sto.André; paciente estava na lista de casos da doença em análise

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
17/02/2017 | 07:00
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Divulgação


 O Grande ABC investiga o registro de sua primeira morte por suspeita de febre amarela. Trata-se do óbito da professora Thalita Beneduzi, 28 anos. A paciente, de Santo André, que estava na lista de casos suspeitos da doença, faleceu ontem às 14h no Hospital e Maternidade Brasil.

Moradora do bairro Silveira, em Santo André, Thalita estava internada havia nove dias sob suspeita da doença. A docente tinha viajado entre os dias 27 e 31 de janeiro para Capitólio, em Minas Gerais. O Estado, que possui 85% dos casos confirmados de febre amarela em território nacional, atualizou ontem os registros para 216 doentes e 76 mortes, segundo levantamento divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

Segundo a cunhada de Thalita, Ludmila Bianchin, 33, no dia seguinte ao retorno da viagem, a professora começou a apresentar os primeiros sintomas, incluindo febre alta. “Ela também sentia muita dor no corpo, a pele ficou amarela e depois começou a vomitar até a água que bebia”, contou.

Embora nos últimos dias o caso já estivesse sendo tratado pela equipe médica como de febre amarela, familiares ainda aguardavam o resultado final de exame feito na paciente. A expectativa era a de que o laudo fosse entregue em cinco dias.

O corpo de Thalita será sepultado hoje, às 14h, no Memorial Jardim Santo André. A Prefeitura de Santo André chegou a ser questionada sobre o assunto, ontem, por volta das 16h45. No entanto, afirmou que só poderia se pronunciar sobre o caso hoje pela manhã. O Hospital e Maternidade Brasil foi acionado para comentar o assunto, mas não retornou até o fechamento desta edição.

BALANÇO

Até o momento, municípios do Grande ABC confirmaram quatro casos de febre amarela.

Em Santo André, o caso é de um homem de 57 anos, morador do bairro Alto de Santo André, que viajou para Santa Maria do Suaçuí, em Minas Gerais. O paciente foi atendido na rede de Saúde de São Paulo.

São Bernardo confirmou o registro de paciente infectado pelo vírus transmitido por mosquitos Haemagogus e Sabethes, comuns em áreas de mata. No entanto, trata-se de pessoa que mora em Diadema e foi atendida pela rede de Saúde da cidade vizinha.

Os outros dois casos foram registrados em Diadema, um adolescente de 11 anos e um homem de 60, ambos casos importados.

Há ainda sete ocorrências suspeitas em investigação, sendo três em Santo André (incluindo o da docente), um em São Caetano, dois em Diadema e um em Ribeirão Pires.

Nas últimas semanas, unidades de Saúde têm registrado fila de espera para tomar vacina contra a doença.




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