As contas da Previdência Social fecharam junho com um déficit de R$ 3,14 bilhões, R$ 594 milhões acima da meta fixada pelo governo. Em junho, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) gastou R$ 11,73 bilhões para pagar aposentadorias e pensões e arrecadou R$ 8,58 bilhões. Em maio, o déficit havia sido de R$ 2,34 bilhões.

Em junho, as contas se deterioraram devido ao pagamento do novo valor do salário mínimo, de R$ 300, e do reajuste de 6,4% aos benefícios com valores superiores ao mínimo. Além disso, a greve dos funcionários do INSS, que chega a quase 50 dias, também prejudicou a arrecadação, segundo o ministro demissionário da Previdência, Romero Jucá.

Jucá, que divulgou as contas do INSS ao fazer um balanço das suas ações à frente da pasta por quatro meses, ressaltou que a evolução da arrecadação previdenciária está satisfatória, com folga de R$ 1,3 bilhão em relação ao previsto até junho. De outro lado, as despesas tiveram crescimento bem acima do previsto, o que explica o déficit maior do que a meta.