O grupo produtor de autopeças Freudenberg está investindo, até 2013, R$ 100 milhões no Brasil, dos quais R$ 40 milhões são em sua empresa de vedações automotivas, a Freudenberg-Nok, cuja fábrica fica em Diadema.

O plano de investimento se justifica devido ao bom desempenho da companhia no País. Enquanto o grupo todo enfrentou dificuldades em 2009, por causa da crise financeira mundial, com queda nas vendas de 16,8% (atingindo 4,2 bilhões de euros, ou cerca de R$ 9,7 bilhões) frente ao ano anterior, a divisão sediada no Grande ABC registrou incremento de 3,5%, impulsionada pela rápida reação do mercado interno.

E neste ano, a perspectiva é ainda mais animadora. A meta da unidade da fabricante é crescer 35% em faturamento em relação a 2009.

Segundo o presidente da Freundeberg-Nok, George Rugitski, no primeiro trimestre o ritmo já é superior ao do início de 2008. "Estamos batendo recorde de faturamento mês a mês", afirma.

Outros fatores também colaboram para o impulso na receita. Além do aquecimento das vendas para o segmento automotivo, há também o esforço da empresa em reforçar sua atuação nesse e em outros segmentos no Brasil.

Em relação ao atendimento às montadoras - a companhia tem posição de destaque no Brasil em vedações de motores -, o executivo explica que a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) colaborou para a melhora rápida em veículos leves. "Já na linha pesado, em que o efeito do IPI não é tão relevante, durante três trimestres o mercado ficou deprimido e só começamos a nos recuperar no último trimestre de 2009", cita.

DIVERSIFICAÇÃO - No ano passado, a Freudenberg ampliou a fábrica na região, com a inauguração de nova linha de produção de juntas de borracha e já estuda atender outro nicho de mercado, o de vedação para o segmento de óleo e gás - que pode ter produção na planta fabril de Diadema.

"Estamos diversificando; existem muitos segmentos em que o grupo atua, que ainda não tínhamos participação significativa no Brasil", assinala .

Ele se refere ao atendimento à indústria do petróleo e também à área médica. Nesse segmento, pode haver a introdução de nova linha de mangueiras de silicone. "Estamos fazendo prospecção para trazer para o Brasil", acrescenta.

CONTRATAÇÕES - Com os investimentos para ampliar a produção, a unidade fabril na região também está abrindo postos de trabalho. "Fizemos redução no quadro (de pessoal) no fim de 2008 e início de 2009, mas estamos recontratando", afirma Rugitski. Atualmente, a fábrica conta com 530 funcionários.