Agora, aumentam as chances de o Santo André mandar jogos do time contra os grandes clubes paulistas e gaúchos nas cidades paranaenses de Londrina (Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos) e Cascavel (Internacional e Grêmio) para receber a cota mínima de R$ 250 mil em cada rodada pelo Brasileirão.

O prefeito Aidan Ravin e o secretário Edson Calvo Melo (Cultura, Esporte e Lazer) voltaram ontem de Brasília sem nenhuma expectativa de receber depressa os R$ 5 milhões previstos numa possível reforma do Estádio Bruno Daniel. Na ausência do ministro Orlando Silva (do Esporte), que estava em Londres, ambos foram recebidos no Palácio do Planalto pelo ministro José Múcio (Relações Institucionais).

Segundo Melo, assessores de Múcio apresentaram uma detalhada carta de exigências que prevê projeções de custos nas obras do Estádio Bruno Daniel. "Serão necessários entre dois a quatro meses apenas para se cumprir os itens burocráticos. Em seguida, dependeremos de mais um tempo não determinado para que a gente abra licitação", contou Melo.

O secretário disse que não ilude os torcedores locais. "Não teríamos como executar trabalhos mais amplos num curto espaço de tempo. Faríamos, de novo, serviços emergenciais", avisou.

Já o presidente da Gestão Empresarial do Santo André, Ronan Maria Pinto, disse que prefere aguardar os desdobramentos antes de oficializar a provável transferência. Desde, segundo ele, que a CBF aprove a mudança. Na quarta-feira, ele assinou um protocolo de intenções em Londrina. "Nenhum dinheiro nos tiraria de nossas casa. O foco não é esse. Sei que a torcida é a responsável pelos espetáculos, mas infelizmente ainda não temos um estádio em condições de comportar disputas de alto nível", concluiu.

Ronan confirmou o interesse do Santo André em aceitar o convite do Clube dos 13 para compor e ampliar o bloco da entidade (pretende reunir 40 clubes).