Malditos, malucos, questionadores. Quase todos os nomes que recheiam o projeto Vida Louca, Vida Intensa – Uma Viagem pela Contracultura, que começa hoje, às 10h, no Sesc Pompéia, em São Paulo, já receberam esses rótulos.

 A programação, que segue até junho, reúne música, artes plásticas, dança, literatura e cinema. Quase tudo com acesso gratuito. A curadoria é do designer Eduardo Beu.

 Hoje, a agenda reserva a inauguração da exposição cenográfica na área de convivência do espaço cultural. A principal leva o nome do evento e foi dividida em blocos temáticos, dentre os quais sobre os movimentos beatnik e punk.

 Às 21h, é possível conferir tributo ao poeta William Blake, que mistura performances de quarteto de jazz à de ator que declamará trechos da obra de Blake. A atração faz parte da sessão Noites Sujas, que homenageará ainda Hilda Hilst ao longo da programação. Antes, às 19h30, é possível assistir ao debate O que é Contracultura, em que o jornalista Alex Antunes media a mesa composta pela colega Ana Maria Bahiana, o editor da Conrad Rogerio de Campos e o poeta Roberto Piva.

 A seleção de filmes, que abre amanhã, reúne pérolas sobre Andy Warhol e Jack Kerouac (autor da ‘bíblia’ beatnik On the Road), além dos ícones do jornalismo gonzo Easy Rider (1969) e Medo e Delírio em Las Vegas (1998).

 Musicalmente, o fino deste mês são os suíços do The Young Goods, referência para gente como o guitarrista do U2, The Edge e a dupla eletrônica Chemichal Brothers. Se revezam como convidados dos europeus, a partir de quinta, no palco da choperia da unidade, Alberto Marsicano, Júpiter Apple e Rogério Skylab.

 Os encontros literários, batizados como Tertúlia, se integram à programação, no Sesc Pinheiros. A idéia é que autores contemporâneos debatam sobre outros grandes nomes do mundo das letras. O desenhista e escritor Lourenço Mutarelli é o primeiro, na quinta, às 20h e falará sobre William Burroughs.