Milhares de pessoas tentam sobreviver em uma superfície de aproximadamente 1 km de comprimento e 300 metros de largura, coberta de lama e roupa abandonada. Os ramos das árvores foram arrancados para construir abrigos. Felizmente, há um rico próximo, onde todos se lavam e onde foram instaladas latrinas. O frio - até 2 graus centígrados à noite - impede a propagaçao do cólera e até agora só foi registrado um caso de meningite, informou uma fonte médica ocidental.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) abriu um centro de recepçao, albergue e trânsito a poucos quilômetros de distância, reduzindo a pressao que aumentava com a chegada incessante de kosovares. Segundo muitos observadores, cerca de 20 mil pessoas estao concentradas perto do posto fronteiriço. A única organizaçao autorizada para trabalhar neste acampamento pela Cruz Vermelha macedônia é a organizaçao beneficente muçulmana Al Hilal.

``As pessoas perdem o controle', disseram os médicos da organizaçao nao governamental francesa Médicos do Mundo (MdM), que se instalou na terra de ninguém entre as duas fronteiras sem pedir permissao. MdM obteve duas tendas do exército francês, deu uma a Al Hillal e tentará montar a sua para trabalhar em condiçoes mais sérias com os médicos que se encontram no acampamento, entre os refugiados.