Economia Titulo Mercado Imobiliário
Venda de imóveis cai 9,5% no 3º trimestre

Aumento no custo dos insumos e queda no poder de compra impactaram os negócios

Da Abr
23/11/2021 | 08:33
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Claudinei Plaza/DGABC


O aumento no custo dos insumos da construção civil e a queda no poder de compra das famílias impactaram os números do mercado imobiliário no País e as vendas de imóveis novos tiveram queda de 9,5% no terceiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. Em relação ao segundo trimestre de 2021, a queda foi de 11,2%.

Os dados são da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), que apresentou ontem os indicadores imobiliários nacionais, estudo que traz informações sobre lançamentos, vendas, oferta final, preço, além da participação do programa Casa Verde e Amarela no setor.

No acumulado do ano, entretanto, houve aumento de 22,6% nas vendas, se comparado com o período de janeiro a setembro de 2020. “O primeiro semestre já nos deu um gás e o ano vai fechar bem, mas o terceiro trimestre mostra queda muito forte nas vendas”, disse o presidente da CBIC, José Carlos Martins.

Segundo ele, a inflação de materiais e máquinas, pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), calculado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), já passa de 30% no período de pandemia e os custos não foram repassados totalmente aos compradores, ou seja, ainda há margem para aumento no preço dos imóveis.

Ele explica que a falta de poder aquisitivo das famílias está segurando esse aumento, já que a inflação geral já chega a 10%, “mas não quer dizer que não vá acontecer mais na frente”.

“A grande esperança é que temos o contínuo interesse na aquisição, as famílias estão querendo imóveis, elas continuam com apetite”, destacou.

Apesar dos bons números no acumulado do ano, Martins alerta que os custos dos insumos podem continuar afetando o setor e, consequentemente, a geração de empregos. “O emprego de hoje é a venda de ontem. Vamos fechar o ano com contratação de 360 mil a 400 mil novos empregos porque vendemos muito bem nos primeiros nove meses”, disse. “O emprego de amanhã depende da venda de hoje e ela caiu quase 10%, então, temos que ter muito cuidado para não termos situação delicada no próximo ano 




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