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O Tigre foi encontrado. E passa bem, obrigado
Por Dérek Bittencourt
16/11/2021 | 00:01
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Na semana passada, neste espaço, havia feito uma brincadeira dizendo que o São Bernardo FC era procurado após ‘não ter comparecido’ a Ribeirão Preto para o primeiro jogo da final da Copa Paulista, quando o Botafogo impôs 2 a 0 no Estádio Santa Cruz. Agora, com muita alegria posso dizer: o Tigre foi encontrado e passa muito bem. Com uma baita exibição no 1º de Maio, fez 2 a 0 sobre o adversário no reencontro entre os times, domingo, venceu nos pênaltis e ficou com o bicampeonato da competição. Aliás, conquista merecidíssima para coroar um ano perfeito, que teve título da Série A-2, acesso à Série A-1 e classificação para a Série D do Brasileiro. Aliás, foi o primeiro time do Estado a, no mesmo ano, ser campeão da A-2 e da Copa Paulista – anteriormente, em 2009, o Votoraty (então comandado por Fernando Diniz), venceu a A-3 e a Copa.

E como foi legal acompanhar de perto este troféu levantado pelo São Bernardo FC neste domingo, praticamente no meio da torcida uniformizada – afinal, com todo o público concentrado abaixo das cabines de imprensa, era como fazer parte da festa promovida por Febre Amarela e Guerreiros do Tigre (aliás, parabéns para ambas as organizadas, que se uniram em prol do time, cantaram músicas de apoio durante todo o tempo e foram contempladas no fim com o bicampeonato). Impossível não batucar junto ao ritmo da bateria, não cantarolar algumas das canções em apoio ao time e não se emocionar quando a John errou a última penalidade do Botafogo.

Inclusive, alguns nomes da história aurinegra estiveram presentes nas arquibancadas para acompanhar de perto o clube escrever mais um feliz capítulo em sua história, como Edinho Montemor, um dos fundadores e primeiro presidente; Edgard Montemor Filho, executivo de futebol da Ferroviária, mas que por 14 anos foi diretor do São Bernardo FC – e que no intervalo previu a definição do campeão nas penalidades; Renato Peixe, ex-lateral do Tigre e atual técnico do EC São Bernardo; e Fabiano Fernandes, ex-jogador e gerente do Aurinegro e atualmente executivo de futebol do Cachorrão.

A VILA EUCLIDES E SUA MÍSTICA
Tão logo o árbitro Thiago Scarascatti encerrou a partida entre São Bernardo FC e Botafogo e levou a decisão para as penalidades, o gerente de futebol Daniel Flumignan entrou no campo para abraçar o goleiro Júnior Oliveira. Mais do que elogiar o arqueiro pela partida, o ex-camisa 1 e atual dirigente queria contar uma história para o atual titular. Anteriormente, em duas oportunidades o 1º de Maio foi palco de disputas de pênaltis importante: em 2013, quando foi campeão da Copa Paulista – com direito a uma defesa do próprio Daniel na primeira cobrança, feito que Júnior Oliveira igualou ontem, foi na baliza à esquerda das cabines. Anos depois, na terceira fase da Série D do Brasileiro, acabou eliminado pelo São José-RS no gol contrário. Assim, o dirigente pediu ao jogador que, se fosse possível, optasse pelo lado vencedor. E deu certo.

QUE BONITA A SUA ROUPA
Lucas Andrino, diretor da Magnum, gestora do São Bernardo FC, afirmou ao programa Lente Esportiva que o Tigre voltará a ter fornecimento de materiais esportivos da Kappa. A empresa italiana já teve parceria com o Aurinegro em 2013, quando a equipe foi campeã pela primeira vez da Copa Paulista, e agora regressa justamente após a equipe ser bicampeã do torneio. Aliás, eram belas camisas, com degradê do amarelo para o preto e faixas horizontais. O dirigente falou ainda que serão criadas algumas lojas (físicas e virtuais) com itens do clube. Justo e merecido, afinal. Torço, apenas, para que os preços não sejam exorbitantes. Além disso, espero que a fornecedora envie aos são-bernardenses material suficiente para uma padronização de todos os funcionários, para que comissão técnica, estafe e outros deixem de utilizar camisas, calças e agasalhos de outras empresas, como Pulse, Reply e até Kelme.

EMOÇÃO PURA
Que grande fim de semana para os apaixonados por automobilismo, assim como eu. Interlagos foi palco de três dias sensacionais desde os treinos livres, passando pela sprint race até chegar ao GP de São Paulo de Fórmula 1, com muita polêmica dentro e fora da pista, grandes brigas por posição e, no fim, o público brasileiro ainda foi brindado com um incrível gesto de Lewis Hamilton que, após vencer – mesmo depois de largar em décimo –, parou o carro, pegou das mãos de um fiscal uma Bandeira do Brasil e repetiu o gesto imortalizado por seu ídolo Ayrton Senna, que emocionava o País aos domingos pela manhã ao empunhar o estandarte. Isso não bastasse, o britânico ainda levou a flâmula verde e amarela para o alto do pódio, a vestiu como uma capa e se tornou o mais novo super-herói brasileiro. Inesquecível. Aliás, vale destacar o quanto a categoria ainda representa para o público verde e amarelo. Além daqueles que assistiram na Band (que liderou a audiência durante a prova), foram 200 mil pessoas que passaram por Interlagos, somados os três dias. Além disso, o streamer Gaules, que obteve os direitos de transmissão da prova pela plataforma Twitch, alcançou 100 mil visualizações simultâneas da corrida, em ação que fortalece a F-1 junto ao público jovem. Só falta agora termos um representante fixo no grid. Será um Fittipaldi? Quem sabe Petecof? Sette Camara? Seja quem for, sem dúvida carregará com ele esses milhares de apaixonados por velocidade que, inclusive, ficaram órfãos de uma lenda neste domingo, após a última prova do italiano Valentino Rossi na MotoGP. Dono de nove títulos mundiais, ele se despediu da motovelocidade como o maior de todos os tempos. Valeu, The Doctor!




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