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Cartórios registram 3.800 mil órfãos da pandemia até 6 anos

Levantamento fez o cruzamento entre registros de nascimentos e de óbitos com base no CPF

Da Redação
Do Diário do Grande ABC
20/10/2021 | 00:01
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Ao menos 3.836 crianças de até 6 anos de idade em São Paulo ficaram órfãos de um dos pais vítimas da Covid-19 entre 16 de março de 2020 e 24 de setembro deste ano. Os dados foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos 836 cartórios de registro civil do Estado desde 2015, ano em que as unidades passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento das crianças recém-nascidas em todo o território estadual. 

Os números obtidos pela Arpen (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais), entidade que representa os cartórios de registro civil do Brasil, mostram que 64 pais faleceram antes do nascimento de seus filhos, enquanto nove crianças, até 6 anos, perderam pai e mãe vítimas da Covid. 

“Por meio dos números conseguimos analisar diversas situações da sociedade civil e, consequentemente, auxiliar na base de dados do poder público”, explica Luis Carlos Vendramin Junior, presidente da Arpen-SP. “E pelo acordo realizado com a Receita Federal para a emissão do número do CPF na certidão de nascimento, conseguimos levantar estes dados que, mesmo parcialmente, geram impacto”, concluiu.

No Brasil, no mesmo período, 12.211 crianças de até 6 anos ficaram órfãs de um dos pais vítimas da Covid. Segundo os dados da Arpen, 25,6% das crianças de até 6 anos que perderam um dos pais na pandemia não tinham completado um ano.




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