Economia Titulo Empreendedorismo
A dona da festa

Vanessa Lucian começou seu negócio com R$ 800, na pandemia, e já possui três lojas

Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
17/10/2021 | 00:10
Compartilhar notícia


Em meio à pandemia de Covid-19 a empresária Vanessa Lucian, 22 anos, flertou com o mundo da moda. Mirou os vestidos de festas e se deu bem. Começou com R$ 800, na sala de casa, e hoje tem um e-commerce, três lojas físicas (uma em Santo André), planos para abrir mais três e, dentro de cinco anos, fazer uma rede com 22 pontos de venda. “O céu é o limite”, fala, sem falsa modéstia.

O segredo do sucesso, sendo ela é oferecer trajes de festa, para todos os padrões – “do PP ao extra G”, – de mulheres e com preços acessíveis. “Eu sou de São Paulo, me mudei para a Bahia e quando retornei, com 19 anos, procurei um lugar para morar. E Santo André me acolheu. Sou muito feliz aqui”, conta a empresária.

Vanessa teve uma ‘mãozinha’ do acaso para se lançar no mundo dos negócios. Tudo começou quando teve de ir em um cartório no Centro de Santo André para tratar da documentação de um imóvel. Lá viu alguns casamentos sendo realizados e se questionou por que as noivas estavam usando calças em uma data tão especial.

Naquele tempo as lojas estavam fechadas por conta das restrições sanitárias e aí era mais difícil comprar roupas adequadas. “Vi que na pandemia tudo estava parado, e que mesmo assim as pessoas casavam. Notei que era esse o caminho e foi aí que nasceu a minha marca, a Noiva no Civil”, contou.

Vanessa, que já é influenciadora digital – aliás sua rotina está toda registrada nas redes sociais –, começou com uma página chamada Achadinhos do ABC e em seu plano de expansão está a criação de uma loja na tradicional Rua São Caetano, conhecida como Rua das Noivas, no Centro da Capital, uma em Campinas e outra em Santo André, possivelmente no Grand Plaza Shopping. “É um centro de compras em que as pessoas chegam de todas as formas. De carro, de aplicativo, de ônibus e até de trem”, detalha.

Para os próximos anos, a intenção é abrir franquias e aí ver a marca se espalhar pelas principais cidades do País. O plano é ousado, mas segundo ela já está está elaborado e pronto para ser colocado em prática.

Espontânea e alegre, a empresária não pode falar do faturamento de sua empresa. Não que queira esconder, ou qualquer coisa do tipo, mas sim por contrato. Ela está participando do programa O Plano é Esse, do canal Multishow, voltado para empreendedores. “Foi muito difícil participar do programa. Fiquei confinada, em acesso a celular nem internet”, uma tortura para quem tem mais de 100 mil seguidores e mais de 5 milhões de visualizações em seus vídeos. “Eu sou uma filha das redes sociais. Nasci e cresci lá.”

MERCADO
O setor de modas começa a dar sinais de recuperação após a crise gerada pela pandemia. O IPC Maps, que mede o potencial de consumo da população estima que no Grande ABC este setor irá movimentar R$ 2,6 bilhões em vestuário, calçados, joias e bijuterias. Em 2019, antes do surgimento da Covid-19, era R$ 3,4 bilhões. Se a projeção está 24% inferior ao começo da pandemia, ao menos já mostra crescimento em relação ao ano passado, quando ficou em R$ 2,3 bilhões.

O número de estabelecimentos voltados ao esse segmento também caiu durante a crise sanitária. Dois anos atrás as sete cidades possuíam 16.594 lojas. Com os fechamentos ocorridos no período da pandemia, são agora 14.987, o que representa queda de 9,7%.

O avanço da vacina e a redução nas mortes são fatores que incentivam a retomada. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;