Política Titulo Sem desfecho
Ação de Auricchio atinge dois meses parada no TSE

Recurso contra anulação de votos do tucano de S.Caetano está na mesa de ministro desde agosto

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
10/10/2021 | 00:01
Compartilhar notícia
Celso Luiz/ DGABC


Recurso do ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), de São Caetano, para validar os votos que recebeu nas eleições do ano passado completou dois meses estacionado na mesa do ministro Luís Felipe Salomão, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 

A demora para julgamento da ação, que tenta reverter a cassação da candidatura do tucano imposta pela Justiça Eleitoral de São Caetano e confirmada em segunda instância pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), tem prolongado o impasse político no município, que vem sendo governado interinamente por Tite Campanella (Cidadania), eleito vereador com 1.678 e presidente da Câmara, desde o dia 1º de janeiro. 

O recurso subiu para o TSE em fevereiro, dois meses depois de o TRE-SP manter a inelegibilidade aplicada ao tucano em primeira instância. Em abril, Salomão rejeitou monocraticamente o recurso do tucano e abriu caminho para realização de nova eleição no município. Dois meses depois, porém, o ministro voltou atrás após embargos da defesa do ex-prefeito e decidiu submeter o recurso para análise do plenário. O recuo regrediu a tramitação do processo e permitiu que todas as partes pudessem ser ouvidas. Além de Auricchio, estão arrolados na ação o ex-vereador Carlos Humberto Seraphim (PL), candidato a vice na chapa tucana; os ex-prefeituráveis Fabio Palacio (PSD), Mario Bohm (ex-Novo) e Thiago Tortorello (ex-PRTB); além do Psol e do Ministério Público. Desde então, nenhum desfecho. O processo está concluso para sentença desde o dia 10 de agosto, às 15h49. 

Auricchio foi barrado com base na Lei da Ficha Limpa. Ainda durante a gestão 2017-2020, o tucano teve o mandato cassado após ser condenado por doação irregular na vitoriosa campanha de 2016. O TRE-SP, porém,suspendeu as condenações e permitiu que o tucano permanecesse na cadeira em decorrência da pandemia de Covid-19, fato que abriu margem a Auricchio disputar o quarto mandato no comando do Palácio da Cerâmica. O tucano, contudo, foi às urnas com a candidatura sub judice e terminou o pleito como o mais votado: 42.842 adesões. Apesar do desempenho, não foi empossado. 

A expectativa da base auricchista era a de que o imbróglio jurídico fosse resolvido em cerca de três meses, o que não se concretizou. Se reverter a decisão, o tucano assume o mandato. Se a condenação for confirmada pelo plenário do TSE, novas eleições são convocadas, com o tucano alijado do pleito. 

A despeito de promover diversas eleições suplementares País afora, o TSE informou ao Diário que “não há prazo para análise do recurso pelo colegiado”. Auricchio não se manifestou sobre o assunto. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;