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Plano de mobilidade prevê R$ 653 mi para Diadema

Gestão Filippi protocola proposta com viadutos, terminais e 113 quilômetros de ciclovias

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
06/10/2021 | 00:17
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Celso Luiz/DGABC


O governo do prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), apresentou à Câmara o plano municipal de mobilidade urbana, com projeção de investimento na ordem de R$ 653 milhões para os próximos dez anos, com a construção de ao menos dez ligações viárias, quatro terminais e 113 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas.

A programação, com 435 páginas, foi entregue ao presidente da casa, Josa Queiroz (PT), que vai pautar a votação no plenário. Filippi esteve no Legislativo, ao lado do secretário de Transportes, José Evaldo Gonçalves, de outros auxiliares da gestão e de vereadores da base.

Segundo Evaldo, o plano de mobilidade é exigência de dispositivos federais desde 2013, mas o município não dispunha de seu próprio planejamento. A partir da aprovação e sanção do projeto, Diadema poderá pleitear recursos externos para execução das obras – até porque a projeção de investimentos que ultrapassa a casa do meio bilhão de reais equivale a aproximadamente 40% de um orçamento anual do município.

Após análise de seis meses, com coleta de demandas populares, o plano foi desenhado na tentativa de inverter a lógica urbana de Diadema atualmente, ampliando o espaço ao pedestre, ao ciclista e ao transporte coletivo. Como a cidade teve crescimento desordenado nos anos 1960, 1970 e 1980, suas ruas são estreitas, muitas vezes desafios até mesmo para a passagem de ônibus. Ao mesmo tempo, por ser cortada pela Rodovia dos Imigrantes, é rota constante de caminhões carregados com materiais produzidos em indústrias do Grande ABC.

“Fizemos um levantamento que mostra que 40% da população de Diadema se desloca a pé. É a partir dessa lógica que precisamos trabalhar para melhorar”, comentou Evaldo. O secretário admitiu que esse choque será o mais difícil de ser suplantado. “Teremos de mostrar a importância do pedestre, do ciclista. Reformular o viário como um todo. Diadema é uma cidade muito adensada (426.757 habitantes para 30,8 metros quadrados). Será necessário redimensionar, em uma ação do zero. Não será fácil.”

Dentro do plano de valorização do pedestre e ciclistas há a estimativa de construir 113 quilômetros de ciclofaixas e ciclovias nos quatro cantos do município. A ideia é que 13 quilômetros sejam de ciclovias – ou seja, segregada – e o restante de ciclofaixa – cuja separação se dá por meio de pinturas e sinalizações. Só a construção das vias de ciclistas demandaria R$ 17 milhões, utilizando a lógica média de aporte de R$ 150 mil por quilômetro aberto.

Com relação aos terminais, o plano municipal esquadrinha dois equipamentos municipais e outros seis miniterminais, mas Evaldo já adiantou que o planejamento é lidar com quatro estruturas. Atualmente, o município dispõe de dois terminais, ambos metropolitanos, administrados pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e explorada pela Metra – o Diadema e o Piraporinha, do Corredor ABD.

Os dois terminais municipais seriam erguidos no Eldorado (entre as avenidas Pirâmide e Nossa Senhora dos Navegantes) e Parque Reid (entre as avenidas Conceição e Maria Leonor). Os mini-terminais ficariam na Avenida Alda (altura da Rua das Marimbas), Parque Ecológico (Rua das Perobas), Casa Grande (na Avenida Fundibem com a Avenida Casa Grande), Taboão (Avenida Almiro Senna Ramos), Campanário (Avenida Curió) e um na divisa com São Bernardo (no Corredor ABD).

Entre as intervenções viárias, 28 foram listadas. Evaldo disse acreditar que nesta década é possível executar dez delas. Estão no plano o viaduto de ligação entre a Avenida Roberto Gordon com a Sete de Setembro; duplicação da Avenida Eldorado; alças de acesso da Rodovia dos Imigrantes à Avenida Fábio Eduardo Ramos Esquível; e transposição do Corredor ABD da Avenida Fagundes de Oliveira para a Avenida Piraporinha, sentido São Bernardo. 




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