Política Titulo Falha
Câmara de S.Bernardo fica sem contrato para serviço de limpeza

Acordo com terceirizada chega ao fim sem que licitação para substituta tenha sido concluída; direção da casa prevê normalização ‘nos próximos dias’

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
05/10/2021 | 00:02
Compartilhar notícia
Divulgação/ Facebook


A Câmara de São Bernardo está sem serviço de limpeza desde a semana passada, quando o vínculo com a Guima Conseco Construção, Serviço e Comércio Ltda chegou ao fim sem que a licitação para admissão de nova terceirizada fosse finalizada.

O acordo com a Guima Conseco foi firmado em 2015, na gestão do ex-vereador José Luís Ferrarezi (PT, atual secretário de Esportes de Mauá), por R$ 1,34 milhão ao ano. Sua última prorrogação aconteceu em maio de 2020, assinada pelo também ex-parlamentar Juarez Tudo Azul (PSDB). Concorrência para contratar nova empresa – uma vez que estavam vedados novos aditamentos por causa de impedimentos da Lei de Licitações – foi aberta na gestão do atual presidente da casa, Estevão Camolesi (PSDB), no dia 10 de setembro.

O pregão presencial, porém, não avançou a ponto de a futura terceirizada assumir os serviços da antiga sem interrupção dos trabalhos – a ideia era abrir os envelopes no dia 23 de setembro. O contrato com a Guima terminou no dia 28 e a empresa retirou os funcionários do prédio legislativo. Na última sessão, na quarta-feira, a Câmara já estava sem empresa formal de limpeza.

A mais recente sessão do processo licitatório foi realizada na quarta-feira, quando a concorrente MABG Prestadora de Serviços Eireli, localizada no bairro Alvarenga, confirmou a melhor proposta – a primeira colocada na disputa foi a AFC Correia – Prestadora de Serviços Ltda, mas a firma não encaminhou planilha com custos com readequação de preços e foi eliminada. Nas contas da MABG, é possível executar o trabalho por R$ 886,8 mil por ano (R$ 73,9 mil ao mês). O preço sugerido no edital era de R$ 1,32 milhão ao ano (R$ 110 mil por mês). O objeto da licitação era para contratar empresa para executar serviços de “limpeza e conservação das dependências do Palácio João Ramalho e edifício anexo, incluindo áreas externas (pátios, estacionamentos e rua), áreas verdes (coleta de detritos e capinagem), vidros (faces interna e e externa), com fornecimento de mão de obra especializada, materiais de consumo, utensílios e máquinas”.

Ao Diário, a gestão Camolesi admitiu o problema, entretanto, evitou dar prazo concreto para regularização. “O processo licitatório da nova contratação está em sua fase final e já nos próximos dias será assinado o novo contrato. Neste interregno, a limpeza das dependências da Câmara está sendo providenciada e continuará a ser realizada de forma restrita, para assegurar o mínimo de asseio necessário, com os recursos e meios disponíveis para o presente momento”, discorreu o tucano.

O Diário apurou que servidoras da Prefeitura têm sido deslocadas para atuar na limpeza do prédio legislativo – o mesmo modelo foi adotado no começo do ano, quando se encerrou o contrato de vigilância. Servidores relataram ao jornal que gabinetes apresentam sujeira que, em alguns deles, houve força-tarefa para higienização dos ambientes. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;