Setecidades Titulo Empatia
Grupo entrega alimentos à população de rua em Diadema

Equipe envolvida na ação atua sob tutela da Pastoral do Povo de Rua que atua na região

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
12/09/2021 | 00:01
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Divulgação


Com a proposta de levar um pouco de esperança àqueles que só tem, quando muito, as roupas do corpo, munícipes de Diadema ligados à Pastoral do Povo de Rua saíram às ruas da cidade para entregar alimentos a pessoas em estado de vulnerabilidade social, cenário agravado com a crise provocada pela Covid-19. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o grupo viu dobrar o número de comida distribuída na iniciativa. 

Munidos de marmitas, kits de saúde e também da empatia, os voluntários ficam responsáveis pela distribuição de três refeições completas a esta camada da população, muitas vezes invisíveis aos olhos das pessoas mergulhadas em seus afazeres diários. Pela manhã, eles distribuem café, com pão e alguma fruta. No início da tarde, eles entregam marmitas com almoço e no fim da tarde se colocam para oferecer o jantar. 

O grupo em questão é conhecido como Mensageiros do Amor e atua em Diadema há 25 anos. Atualmente, entretanto, a equipe atua sob a tutela da Pastoral do Povo de Rua que atua no Grande ABC e que foi criada há aproximadamente duas semanas no âmbito regional.

“Hoje, na atual circunstância, percebemos que não estamos apenas entregando alimentação para quem vive nas ruas, mas também para pessoas que estão em situação de vulnerabilidade para quem está em uma situação bem difícil. A pandemia acabou piorando as coisas”, declarou a coordenadora diocesana da Pastoral do Povo de Rua e analista de TI (Tecnologia da Informação) Jaqueline Pereira, 34 anos. 

Pelos cálculos de Jaqueline, que trabalha no grupo há pouco mais de dez anos, somente ontem, pelas ruas de Diadema, foram entregues 105 refeições a pessoas em situação de vulnerabilidade. A quantidade de comida servida antes da pandemia, por exemplo, era de 60.

“Hoje percebemos que 70% das pessoas que pegam alimentação conosco pertencem à população de rua, os outros 30% é de pessoas que estão em alguma situação de vulnerabilidade. Antes da pandemia essa divisão era de 90% e 10%, respectivamente”, sustentou a coordenadora do grupo. 

Levantamento do Diário, baseado no comparativo entre 2020 e 2021, o número de pessoas que vivem nas ruas do Grande ABC aumentou 46,1%. Em números absolutos, esta população saltou de 702 para 1.026 nas sete cidades. 

De acordo com o padre Ryan Matthew Holke, a criação da Pastoral do Povo de Rua no Grande ABC serve para dar suporte a mais de 40 grupos católicos que fazem o mesmo trabalho que o Mensageiros do Amor. O religioso afirmou ainda que as ações preveem doação de roupas e agasalhos, além de vagas em casas de acolhimento, por exemplo.

“Este é o verdadeiro espírito que o cristão tem que carregar. A situação de sempre se colocar no lugar do outro. Praticar atos de bondade de fato”, pontuou.




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