O primeiro caso comprovado de infecção pelo novo coronavírus no Estado de São Paulo completa um ano amanhã. Em 12 meses, mais de 250 mil vidas foram ceifadas pela Covid-19 no País, sendo 4.520 no Grande ABC. O tempo passou, as mortes se sucederam e, a julgar pelas providências tomadas, as autoridades nada aprenderam com a doença e seus efeitos nocivos à saúde e à economia.
Exemplos de ineficácia no combate à pandemia surgem aos montes. Em muitas ocasiões parece até que a falta de habilidade na condução de assunto tão sério é colocada em prática de caso pensado. Enquanto isso, o vírus segue firme, forte e mutante, aproveitando-se dos mandos e desmandos para ampliar o placar a seu favor nessa insalubre disputa, que coloca em campo a ciência, a política, a informação, a desinformação, a economia e a saúde.
té mesmo a chegada da vacina, que deveria ser um alento para uma população amedrontada e ameaçada, se transformou em motivo para pendengas. Com muita discussão e poucas atitudes práticas, o resultado é que as doses adquiridas são ínfimas diante da quantidade de gente a ser imunizada. E tome bateção de cabeças...
No Grande ABC, os hospitais estão cheios de pacientes e os sistemas de saúde municipais, à beira do colapso. Momento mais do que adequado para que as cidades atuassem em conjunto, o que poderia elevar a eficiência. Mas ainda não foi desta vez que isso ocorreu.
Teve prefeito que, sabe-se lá por quais motivos – talvez os holofotes midiáticos –, preferiu sair na frente de seus pares anunciando toque de recolher, adiando retorno das aulas presenciais na rede pública e cancelando a autorização para abertura das particulares. Mas que depois voltou atrás, talvez motivado por protesto de pais, e liberou os colégios privados.
Ontem, gestores das sete cidades deliberaram pela implantação de restrições mais rígidas, mas sem consenso. É necessário ter clareza. Moradores precisam ser orientados para que saibam a direção correta a tomar. Só para lembrar, o inimigo ainda é o vírus.
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