Política Titulo Sobre revés em Santo André
Fomos literalmente derrotados, avalia o petista Carlos Grana

Para ex-prefeito, eleitorado pode ter migrado voto ao considerá-lo com apoio na cidade toda

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
06/12/2020 | 07:00
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Reprodução/DGABC


 “Fomos literalmente derrotados. Não dá para tapar o sol com a peneira.” A avaliação é do ex-prefeito Carlos Grana (PT), de Santo André, candidato a vereador neste ano e que obteve 1.666 votos, sobre o revés sofrido na cidade. Com o saldo bem aquém do que era aguardado pela militância, o petista – apontado inicialmente como puxador da chapa – ficou na condição de terceiro suplente do partido, que viu reduzir a bancada de cinco para duas cadeiras na Câmara.

A prefeiturável Bete Siraque recebeu 25,4 mil adesões (7,35%). “São vários fatores que levaram a esse baixo desempenho em Santo André. Fato concreto é que perdemos três assentos e a votação dos nossos candidatos caiu significativamente. Foi péssimo resultado. O PT (na esfera local) registrou número muito abaixo do potencial. Infelizmente foi isso. Em 2016 (no auge da crise), só nos candidatos proporcionais do PT tivemos 45 mil votos. A meta era manter esse índice.”

Desde a fundação do PT, há 40 anos, a legenda participou das dez corridas pelo Paço andreense, venceu metade e nunca havia angariado percentual inferior a 20% – e já chegou a alcançar nove cadeiras no Legislativo, em 2000. O desempenho deste ano, portanto, foi o pior de sua trajetória.

Grana isentou, contudo, Bete em relação à fraca performance petista. “Acho que a Bete fez máximo possível, campanha propositiva, dentro das condições que tínhamos. Nada a contestar no empenho pessoal. Considero que não dá para colocar responsabilidade na pandemia, mas o PT é bom de rua. Esse fator favorece quem está à frente do governo. Não é regra, mas prevaleceu.”

O ex-prefeito relatou ainda sobre o cenário de dificuldade na briga pela vereança, com 611 postulantes, ponderando que “eleição a vereador é a mais difícil que existe”. “Teu vizinho é candidato, parente é candidato, pulveriza demais. Muitos dos meus eleitores, avalio, que acreditavam que dava para ajudar vizinho porque eu já estaria, em tese, eleito por ter voto na cidade inteira. Esse aspecto, talvez, possa ter afetado boa parte do eleitor, para ajudar amigo, parente, representante do bairro. Eu era representante geral.”




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