Empresários têxteis argentinos e brasileiros renovaram um acordo que permitirá, neste ano, a entrada de 15,8 milhões de metros de tecido jeans na Argentina, o equivalente a 40% do consumo interno. O convênio assinado pela Cadeco (Câmara de Denim e Corderoy) argentino e pela Abit (Associação Brasileira de Indústria Têxtil), tem o objetivo de manter a monitoração do comércio bilateral de denim (tecido jeans).

Os empresários argentinos disseram, por meio de um comunicado, que a partir deste acordo haverá fluidez na oferta sem causar danos à indústria argentina. "O respeito sobre o acertado no ano anterior animou os empresários têxteis do nosso país a fazer importantes investimentos na modernização de suas fábricas e na ampliação de sua capacidade instalada", acrescentou o comunicado.

Por meio de um acordo assinado em 2004, o Brasil reduziu suas exportações de denim a um volume de até 15 milhões de metros lineares e a Argentina suspendeu as licenças obrigatórias para este segmento específico. O acordo sobre denim, assinado em 2004, foi concretizado com sucesso para ambas as partes; abastecendo amplamente o mercado nacional, sem causar alteração nos preços, que se mantêm estáveis desde 2003", disse o titular da Cadeco, Carlos Basaldúa.
"O respeito ao acertado - pela maioria dos empresários brasileiros - permitiu fortalecer a estabilidade e o nível de emprego", completou.

O empresário disse ainda que o compromisso entre a Cadeco e a Abit estabelece a coordenação de propostas e sugestões que as duas instituições aumentarão a seus respectivos governos sobre negociações internacionais e importações de produtos extra-zona.

O setor têxtil, junto com o de autopeças e do calçado, é um dos mais conflituosos na relação comercial Brasil-Argentina, os principais parceiros do Mercosul.