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Estimulação elétrica no cérebro 'acorda' homem em coma
Da AFP
01/08/2007 | 21:31
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Um estudo publicado na revista britânica Nature nesta quarta feira afirma que paciente de 38 anos, sofrendo de um grave traumatismo craniano e que permanecia há seis anos em um "estado de consciência mínima", se tornou capaz novamente de falar e comer graças a uma experiência de estimulação elétrica do cérebro.

Segundo um dos autores do estudo, o dr. Josef Fins, do Weil Cornell Medical College (New York), se esse resultado puder ser reproduzido em outros pacientes, esse caso bem sucedido poderá inaugurar uma nova era no tratamento de pacientes em estados similares.

Um paciente em estado mínimo de consciência, que é diferente do coma ou do estado vegetativo persistente, pode mostrar sinais ocasionais de despertar ou de "comportamento organizado", mas continua "com um profundo déficit de consciência", especificaram os especialistas na Nature.
 
Já sendo usado em casos de Mal de Parkinson, a estimulação cerebral profunda consiste em colocar eletrodos em uma zona precisa do cérebro, conectando-os a baterias inseridas no peito do paciente, semelhante a um estimulador cardíaco.

O paciente esteve sujeito durante seis meses a alternâncias em que a atividade cerebral funcionava ou parava. A experiência, desta maneira, foi "duplamente cega": o paciente e o médico não eram capazes de dizer qual fase estava em curso.

A melhoria na capacidade do paciente de se alimentar e de se comunicar "esteve fortemente relacionada" aos períodos de estimulação cerebral, de acordo com o dr. Nicholas Schiff, o principal autor do estudo. Essas ações pareceram permanecer durante as fases de interrupção, o que é considerado "ainda mais encorajador", apesar de os pesquisadores ainda não saberem se o paciente vai continuar a melhorar.

O estudo, previsto para incluir 12 pacientes em estado mínimo de consciência, deve prosseguir. Para ser benéfico, esses estímulos supõem que as zonas do córtex cerebral estão preservadas.




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