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Na região, 17 bairros terão a tecnologia 5G até o fim do ano

Leilão da internet móvel deve ocorrer em 2021, porém, operadoras utilizam infraestrutura para melhorias no serviço

Por Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
06/11/2020 | 00:01
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DGABC


Dezessete bairros da região terão o 5G DSS (Dynamic Spectrum Sharing ou Compartilhamento Dinâmico de Espectro, em português) até dezembro. Ainda que a tecnologia não tenha sido leiloada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o que deve ocorrer em 2021, operadoras começam a ofertar o serviço por meio da tecnologia do 4G já existente. O certame do espectro de frequências para conexão estava previsto para este ano, mas a pandemia atrasou estudos para determinação de parâmetros.

Os bairros do Grande ABC contemplados pela quinta geração são Campestre, Centro, Jardim, Vila Bastos, Vila Floresta, Vila Guiomar, Vila São Pedro e Vila Valparaíso, em Santo André; Anchieta, Baeta Neves, Centro, Nova Petrópolis e Vila Marlene, em São Bernardo; e Barcelona, Fundação, Santa Paula e Santo Antônio, em São Caetano. Clientes da Claro, que tenham smartphone compatível e estejam na área de cobertura, terão acesso à tecnologia.

“O DSS é tecnologia de última geração que permite às operadoras iniciarem a implementação do 5G usando a mesma infraestrutura já instalada para o 4G, alocando dinamicamente o sinal com base na demanda de usuários”, explica Georgia Sbrana, vice-presidente de assuntos corporativos da Ericsson.

Com a mudança, a velocidade de conexão pode chegar a 400 Mbps, 12 vezes mais rápida do que o 4G. Quando o leilão da frequência 3,5 Ghz ocorrer, haverá ampliação da faixa de espectro, permitindo a funcionalidade total do 5G, entre elas, tempo de resposta perto de zero.

A operação do 5G também depende da instalação de antenas, o que deve ocorrer mais rapidamente do que quando o 4G foi disponibilizado. “Não poderemos mais levar dois anos para instalar uma antena, dependendo da legislação e do protocolo de cada município. A publicação do decreto 10.480, que regulamenta a lei de antenas (permitindo a passagem e compartilhamento de redes), traz avanços importantes para facilitar a implementação de infraestrutura”, aponta Georgia.

A especialista assinala que diversos setores da economia e da sociedade irão se beneficiar com a tecnologia. Na saúde, por exemplo, as teleconsultas e as cirurgias robóticas a distância serão “cada vez mais comuns”. Na indústria, o 5G integra a plataforma 4.0, caracterizada pela produção descentralizada e em larga escala de itens customizados. Já na área de mobilidade, a quinta geração de internet móvel contribuirá com desenvolvimento de veículos autônomos.

Lisa Folkerts, diretora regional da Claro, afirma que bairros da região foram incluídos na cobertura pois “contam com alta demanda de tráfego de dados”. A operadora disponibiliza o serviço em outras localidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.

A Tim possui projetos piloto do 5G DSS em Bento Gonçalves (Rio Grande do Sul), Três Lagoas (Mato Grosso do Sul) e Itajubá (Minas Gerais). A Vivo dispõe da tecnologia em áreas da Capital, de Brasília, de Belo Horizonte (Minas Gerais), de Salvador (Bahia), do Rio de Janeiro, de Goiânia (Goiás), Curitiba (Paraná) e Porto Alegre (Rio Grande do Sul). As empresas não estimaram disponibilização do serviço no Grande ABC. 




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