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Região prorroga benefício da merenda para 195 mil alunos

Em formato de cartão ou kit com alimentos, programas serão mantidos
pelas prefeituras até decisão sobre o retorno das aulas presenciais

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
21/08/2020 | 00:01
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Alex Cavanha/PSA


Pelo menos seis das sete cidades do Grande ABC vão manter o benefício do cartão merenda ou o envio de kits de alimentos para famílias de 195.614 estudantes da rede municipal enquanto as aulas presenciais estiverem suspensas em razão da pandemia. A medida visa oferecer aos alunos alimentação similar à que teriam durante o período escolar e favorece, principalmente, famílias de baixa renda.

Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra já anunciaram que não vão retomar as aulas da rede municipal neste ano. São Bernardo, São Caetano e Diadema ainda não têm uma definição. A única cidade que não confirmou a manutenção do benefício foi Rio Grande da Serra, que não respondeu ao Diário.
Em Santo André, a Prefeitura optou por enviar uma cesta de alimentos e itens de higiene para a casa de 20 mil famílias de 36 mil alunos matriculados na rede municipal. O programa já está na quarta fase e a administração garantiu que será mantido enquanto as aulas presenciais não forem retomadas. A ação é realizada em parceria com o Fundo Social de Solidariedade e recebe investimento aproximado de R$ 3 milhões por mês.

O mesmo formato foi utilizado por Diadema, que oferece a cesta de alimentos para os 33 mil alunos da rede municipal, incluindo EJA (Educação de Jovens e Adultos), pelo programa Aluno em Casa, Merenda na Mesa. Os kits, que contêm arroz, feijão, açúcar, sal, óleo, fubá, leite em pó, macarrão e extrato de tomate serão entregues mensalmente até durar a suspensão das aulas presenciais. De acordo com a Prefeitura, já foram investidos R$ 5,7 milhões na iniciativa.
Em São Bernardo não há data para que o programa seja interrompido. A cidade oferece auxílio-alimentação no valor mensal de R$ 85 para cada um dos 82 mil alunos da rede municipal por meio do programa Cartão Merenda Escolar. Foram entregues 70 mil cartões de débito para que as famílias possam fazer compras em estabelecimentos comerciais. O programa já custou R$ 28 milhões aos cofres municipais.

São Caetano anunciou, nesta semana, que o auxílio-merenda do município foi prorrogado por mais dois meses (agosto e setembro) para os 22 mil alunos da rede municipal. O benefício, no valor de R$ 90 mensal, continuará sendo discutido pelo Comitê de Emergência e Combate ao Coronavírus e, caso haja necessidade, será prorrogado. O cartão distribuído para as famílias foi emitido pelo Banco do Brasil. A Prefeitura já investiu R$ 5,9 milhões e vai arcar com mais R$ 3,9 milhões até setembro.

Em Mauá, o programa Cartão Merenda em Casa foi estendido até dezembro para os 20,5 mil alunos da cidade. Os cartões, já distribuídos aos estudantes de 44 escolas e quatro creches conveniadas, também foram provenientes de acordo com o Banco do Brasil. O crédito mensal é de R$ 60, que é depositado todo mês. Ao todo, a Prefeitura investe, mensalmente, R$ 1,2 milhão.

A Prefeitura de Ribeirão Pires também disponibilizou o cartão merenda para 2.114 estudantes cadastrados, que recebem R$ 60 por mês. O benefício foi prorrogado até outubro e já custou R$ 380 mil.

ESTADO
Os 49 mil alunos matriculados nas escolas estaduais do Grande ABC e que pertencem a famílias de baixa renda também recebem benefício mensal, de R$ 55, para compra de alimentos. O governo do Estado garante a continuidade do programa enquanto houver a suspensão das aulas presenciais.  




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