Política Titulo Alvo do MPF
Para Marinho, denúncias que envolvem tucano em S.Bernardo são semelhantes às de Bolsonaro

Ex-prefeito cita que ações de ambos foram para favorecer família no poder

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
26/07/2020 | 00:02
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André Henriques/DGABC


Ex-prefeito de São Bernardo e pré-candidato ao Paço neste ano, Luiz Marinho (PT) afirmou ver semelhanças entre a ação movida pelo MPF (Ministério Público Federal) contra o prefeito Orlando Morando (PSDB) e a apuração sobre o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Na visão do petista, os chefes do Executivo estariam atuando para favorecer famílias com as quais mantêm relação.

De acordo com Marinho, as denúncias que rondam a gestão Morando “são muito parecidas” com as que atingem o presidente da República”. Morando foi denunciado, junto de mais 12 pessoas, em âmbito da Operação Prato Feito, deflagrada em 2018, por corrupção, peculato, organização criminosa e fraude a licitações por abrir caminho a contratações emergenciais de empresas ligadas ao advogado Carlos Maciel, antigo homem forte do governo – ele nega as acusações.

No caso de Bolsonaro, paira sobre o presidente articulação de bastidores para aliviar as investigações contra seu filho Flávio Bolsonaro (Republicanos), senador pelo Rio de Janeiro. Flávio está sob apuração do suposto esquema de rachadinhas dentro de seu gabinete durante o mandato de deputado estadual – a prática, segundo o Ministério Público fluminense, era operada por Fabrício Queiroz, antigo assessor da família Bolsonaro.

“Como se vê nas denúncias, parecem todos familiares, que parecem manter intimidade histórica com o prefeito. Parece que tudo foi feito para beneficiar essas famílias, em espécie de conluio. Tudo muito igual ao que acontece com Bolsonaro”, declarou Marinho. Apesar do apontamento, o ex-prefeito e também presidente estadual do PT declarou que todos têm direito de defesa.

Marinho ainda relembrou o caso do ex-secretário de Gestão Ambiental e vereador afastado Mário de Abreu (ex-PSDB, atual PDT), acusado de cobrar propina para liberação de licenças ambientais e de vender cargos públicos dentro da pasta. Ele foi exonerado da secretaria em outubro de 2017. O pedetista nega as irregularidades a ele imputadas.

“A quantidade de denúncias envolvendo a gestão gera uma tristeza. Quando fui prefeito fortalecemos o controle da gestão ambiental. Agora há um total desmando”, afirmou. Marinho foi prefeito entre 2009 e 2016. Foi sucedido por Morando, depois de ver seu aliado Tarcisio Secoli (PT) sequer ir ao segundo turno do pleito de 2016. Em 2018, Marinho foi candidato ao governo do Estado, mas foi superado por João Doria (PSDB). 




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