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Para Auricchio, todos devem se envolver na crise da Volks
Do Diário do Grande ABC
27/08/2006 | 22:21
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Lideranças políticas da região demonstraram opiniões divergentes sobre a crise da Volkswagen. Enquanto que alguns demonstravam preocupação e culpavam o governo federal, outros encontravam respostas para justificar a ausência das autoridades na intermediação do problema.

O prefeito de São Caetano ,José Auricchio Júnior (PTB), disse que a crise da montadora não se restringe aos metalúrgicos e à montadora. “É uma questão muito maior.” Segundo ele, o problema tem reflexos regionais e “todas as forças que têm de se envolver na questão já estão envolvidas”.

O petebista atribuiu o risco de fechamento da unidade à situação econômica do país. “Estamos em ritmo de crescimento menor do que o Haiti, o que você vai esperar? Uma montadora vive diretamente em função da atividade econômica e hoje temos câmbio achatado, pequena atividade econômica e mercado em retração. A primeira coisa prática (para reverter o processo) seria melhorar a economia.”

Embora a Volkswagen tenha ameaçado fechar a planta de São Bernardo, o deputado federal Edinho Montemor (PSB) acredita que não há crise na montadora, e tudo não passa de “jogo de cena e pressão psicológica”. “A gente sabe que precisa haver demissões e essa negociação (das demissões) está ocorrendo a 30 dias das eleições. Se o sindicato admitisse agora que terão que ocorrer, ficaria ruim para o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva)”, afirmou. “Mais cedo ou mais tarde a empresa precisa fazer um ajuste. Em Taubaté já fez. Não dá para enganar o trabalhador.”

Ligado ao prefeito William Dib (PSB), o deputado o elogiou e disse “ter absoluta certeza de que ele (Dib) irá fazer o for preciso para manter a Volkswagen em São Bernardo”. “Isso aí (as discussões em torno do fechamento da fábrica) é um jogo de cena no qual o Dib não vai entrar”, completou.

O prefeito de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (PSDB) – coordenador políticos das campanhas de Alckmin e Serra no Grande ABC –, disse que o governo estadual tem feito sua parte para evitar crises como a da Volks. “A melhor posição que existe nessa questão é a intervenção que o trecho Sul do Rodoanel vai causar. Onde hoje está a Volkswagen (km 23,5 da Anchieta) vai ser a melhor esquina em logística para qualquer empresa. O PSDB tem respeito pelas empresas, diferentemente do governo federal”, disse Kiko.

Vice-presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Kiko assegura que o tema estará em pauta nas próximas reuniões do órgão. “Nas conversas informais a crise já está sendo discutida. O Dib é um dos maiores interessados e ele vai capitanear isso. Ele ainda não se posicionou, mas vai saber a hora certa de atuar.”

O candidato do PFL ao Senado, Guilherme Afif Domingos, lembrou que as Casas Bahia anunciou o corte de 2 mil postos de trabalho. Em campanha por espaço no Congresso, ele atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O governo Lula é uma cidade cenográfica. O espetáculo do crescimento que tivemos foi o do crescimento da corrupção. Os especuladores financeiros estão ganhando e quem trabalha está sofrendo muito.”




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