Política Titulo Rio Grande da Serra
José Teixeira assume mandato interino na Câmara

Ex-chefe do Executivo ficará como parlamentar durante três meses

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
24/12/2019 | 07:00
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Prefeito de Rio Grande da Serra entre 1993 e 1996, José Teixeira (PSL) assumiu neste fim de ano mandato interino de vereador na Câmara, em substituição a Messias Cabeleireiro (PV), mas já pensa alto para 2020. Pré-candidato de sua sigla ao Executivo, Teixeira argumentou que os três meses em que ficará no legislativo servirão para ele “tirar o atraso” de ações políticas.

Zé Teixeira reassumiu uma função eletiva depois de 23 anos – desde que saiu do comando da Prefeitura, em 31 de dezembro de 1996, dando lugar a Cido Franco (que morreu em 1997), ele até tentou, mas não foi eleito. Em 2000, concorreu, sem sucesso, ao Executivo, ficando na terceira colocação, atrás de Ramon Velásquez (PT) e Valmir Ferreira (então PPS, hoje Cidadania).

O olhar de Zé Teixeira, porém, não é a Câmara. Ele trabalha para ser prefeiturável de novo. O veterano político buscou apoio do atual chefe do Executivo, Gabriel Maranhão (Cidadania), em sua empreitada, mas viu o gestor apostar as fichas em sua vice, Marilza de Oliveira (PSD). A despeito desse fato, Teixeira elogia Maranhão. “Sou pré-candidato do PSL, sem dúvida. Mas admito que Maranhão está fazendo um bom governo. Ele é um bom prefeito”, disse. Ele se lembrou que Maranhão atuou como estagiário do Executivo quando foi prefeito. “Eu me lembro dele, ainda jovem, trabalhando na Prefeitura. Nunca imaginei que ele poderia se tornar prefeito um dia.”

Zé Teixeira foi prefeito de Rio Grande da Serra em apenas uma oportunidade, quando militava pelo PSDB. Ele se gaba de ter se filiado ao PSL antes de a legenda se tornar fenômeno eleitoral com a vitória de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Bolsonaro estava no PSL quando ganhou o pleito no ano passado, mas já se desligou do partido por desentendimentos com a cúpula nacional e agora mobiliza a criação do Aliança pelo Brasil.

“Na verdade foi Jair Bolsonaro que entrou no partido que eu já estava. Ele fala demais, deveria ficar quieto por mais tempo”, disparou Teixeira, ao ser indagado se o efeito Bolsonaro poderia auxiliá-lo e como ele via o trabalho do capitão reformado do Exército à frente do País. Em 2016, quando disputou as últimas eleições municipais como candidato a vereador, obteve 535 votos, ficando na segunda suplência.

Zé Teixeira é integrante de uma das famílias mais tradicionais da política de Rio Grande. É filho de Edmundo Luiz de Nobrega Teixeira e Zulmira Jardim Teixeira, que fizeram parte da construção do município. Edmundo seria candidato a prefeito nos anos 1970, mas morreu prestes a entrar em campanha. Aarão Teixeira, então com 19 anos, concorreu e ganhou a eleição de 1976. Aarão é irmão de Zé Teixeira e a dupla é irmã de outro ex-prefeito: Adler Kiko Teixeira (PSB), atual chefe do Executivo de Ribeirão Pires. A curiosidade é que os três caminham em raias opostas na política. 




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