Em fase de implantação, sistema no Legislativo de Sto.André irá custar cerca de R$ 637 mil
Após a conclusão do trâmite de contratação, mediante processo licitatório, o controle de acesso da Câmara de Santo André, espécie de sistema de catracas eletrônicas e já em fase de implantação, tem como um dos objetivos inibir a ação de eventuais funcionários fantasmas nos gabinetes dos vereadores. Atualmente, a fiscalização da presença dos servidores no ambiente de trabalho se dá via marcação em folha de ponto. O sistema de entrada e saída às dependências do Legislativo irá custar aproximadamente R$ 637 mil, de acordo com a proposta apresentada pela empresa vencedora do certame.
O novo sistema gerou, a princípio, certa resistência de parlamentares justamente devido a essa barreira. As informações internas são de que os equipamentos referentes ao controle de acesso encontram-se na casa. A medida para implementação da medida foi tocada pelo então presidente da Câmara Almir Cicote (Avante) – hoje licenciado do cargo ao assumir posto de superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) –, só que também contou com a anuência do atual dirigente Pedrinho Botaro (PSDB), que exerce a função desde início de janeiro.
O foco do sistema, segundo Pedrinho, “é melhorar a questão de segurança” dentro da Câmara, além de “zelar pelo patrimônio público”, mas admitiu que a aquisição “auxilia no controle das pessoas que trabalham lá” no Legislativo. “Ajuda na segurança e evita a existência de funcionários fantasmas”, pontuou. “A própria PF (Polícia Federal) também tratou com a casa sobre a importância de sabermos quem entra e sai do prédio”, referindo-se ao mandado de busca e apreensão feito no gabinete de Elian Santana (SD) – a instituição federal encaminhou requerimento com relatório de frequentadores do local visando desdobramentos da investigação no âmbito da Operação Barbour.
O item visa fornecimento e instalação de software de identificação de visitantes, com suporte técnico, para segurança física e patrimonial do espaço. Apesar da novidade no município, o sistema não abrange detector de metais, modelo efetivado, por exemplo, no Legislativo da vizinha São Bernardo.
Pedrinho relatou encontro institucional recente com promotor de Justiça Marcelo Nunes. De acordo com o tucano, o promotor “viu com bons olhos” a implantação do sistema, tendo em vista justamente essa proposta de ter melhor controle de acesso às dependências do prédio.
Manifestações de munícipes nas redes sociais e na própria Câmara, mesmo que pontuais, mostraram certa contrariedade à implantação, colocando a questão do custo como principal ponto de reivindicação.
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