Memória Titulo Memória - Clássicos do Diário há 60 anos: 1958-2018
Um ministro federal no Grande ABC
Ademir Medici
12/10/2018 | 07:00
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Venceslau Brás (1914-1918); Delfim Moreira (1918-1919); Epitácio Pessoa (1919-1922); Artur Bernardes (1922-1926); Washington Luiz (1926-1930). E a República brasileira, com suas crises, seus acertos, suas revoluções, sua política do café com leite, ia caminhando.

Deste período, um nome importante da República teve ligação estreita com o Grande ABC: João Pandiá Calógeras, ministro em vários governos. Era carioca. Foi deputado por Minas Gerais. E, depois de ocupar três ministérios por praticamente seis anos, morou no Grande ABC. Em 1933 retornou à política: elegeu-se, novamente por Minas, deputado à Assembleia Constituinte.

Pandiá Calógeras foi presidente da Companhia Nacional de Artefatos de Cobre, a Conac, fábrica da Rua Coronel Seabra, em Santo André, de 1923 a 1929. O historiador Octaviano Gaiarsa contava que ele morou na Rua Campos Sales, em Santo André.

É certo também que Pandiá Calógeras morou em São Bernardo, como nos revelou Rolando Coppini, são-bernardense que, em 1989, alcançava os seus 70 anos de idade. O ministro morou em casa dos Coppini, perto da Rua Frei Gaspar. Coppini conversou com ele algumas vezes e lembrava que em sua sala de visitas Calógeras, que era engenheiro, mantinha nas paredes fotos de pontes por ele projetadas e construídas em várias partes do Brasil. 

AMANHÃ

Calógeras: uma homenagem em Santo André


Preciosidades descobertas

A arte do antigo São Bernardo

A Pinacoteca de São Paulo divulgou duas pinturas – uma aquarela e um óleo sobre tela –- que citam o Grande ABC em tempos idos: a casa onde pousou Dom Pedro I, em São Bernardo; e uma mulher bordadeira, pintada por um natural de São Bernardo, Henrique Manzo, aqui nascido no fim do século 19.

As duas pinturas foram encontradas em livro da Pinacoteca de São Paulo por Antonio Rioto, nascido em São Bernardo e que desde 1950 mora em Santo André. Rioto é o convidado desta semana do programa Memória na TV, do Diário, onde ele mostra as duas telas. Confiram em www.dgabc.com.br .

A casa onde teria pousado Dom Pedro I foi pintada por Alfredo Norfini em 1915. O outro trabalho, o da bordadeira, leva a assinatura de Henrique Manzo, natural de São Bernardo. Norfini e Manzo têm em sua biografia passagens pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.

O programa Memória na TV é centrado nestas duas pinturas, mas Antonio Rioto faz uma retrospectiva do seu trabalho como esportista e pesquisador. 

OS ARTISTAS

Alfredo Norfini (Florença, Itália, 1867 – Rio de Janeiro, 1944). Professor, pintor de paisagens e aquarelas e ilustrador. Cursou e diplomou-se pela Academia de Lucca (1892). Veio para o Brasil em 1898. Ilustrou revistas, jornais e capas de livros. Foi um dos primeiros a pintar as cidades históricas de Minas.

Henrique Manzo (São Bernardo, 1896 – São Paulo, 1982). Pintor. Estudou no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo com Alfredo Norfini, em 1916. Fundou em 1922 o Salão Paulista de Belas Artes de São Paulo. Premiadíssimo.

Diário há 30 anos

Quarta-feira, 12 de outubro de 1988 - ano 31, edição 6881

Primeira Página – Vereadores e deputados estaduais ganham mais que a inflação no Estado de São Paulo.

Data – 12 de outubro: hoje é o dia mais comemorado do ano. O jornalista Francisco Fukushima relaciona as homenagens: festejamos o mar, o engenheiro-agrônomo, a hispanidade (a festa nacional da Espanha), o descobrimento da América, o basquetebol, a cirurgia infantil, Nossa Senhora Aparecida e a criança.

Arremata o jornalista: “Mesmo sem ter motivo para alegria, o País pode ser considerado a terra das comemorações. Existem dias para quase tudo que se possa imaginar, do café ao alcoólatra recuperado”.

Em 12 de outubro de...

1918 – A guerra. Do noticiário do Estadão: os aliados, numa febril investida, conquistam novos e brilhantes sucessos.

1958 – Fundação oficial do Olaria Futebol Clube, da Vila Baeta, em São Bernardo. Informalmente, sem registros em Liga, o Olaria existia desde 1954.

Santos do Dia

Nossa Senhora Aparecida, 301 anos de história

Evágrio

Prisciano

Serafim

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 12 de outubro:

Em São Paulo, Nova Aliança (fundado em 1914), Guaraçaí (1925), Tupã (1929), Lavínia (1933), Presidente Bernardes (1935), Julio Mesquita (1949) e Três Fronteiras (1959).

Em Goiás, Águas Lindas de Goiás, Bonópolis, Itumbiara, Monte Alegre de Goiás, Rubiataba, Santa Rita do Araguaia e São Simão.

No Piauí, Altos.

No Rio Grande do Sul, Bossoroca e Santo Antonio das Missões.

Em Minas Gerais, Carvalhos, Conquista, Córrego Fundo, Piau, Sacramento e Serrania.

No Paraná, Iporã.

No Pará, Marapanim.

No Tocantins, Sandolândia.

Na Bahia, São Sebastião do Passé e Urandi.

No Rio de Janeiro, Seropédica.

Em Santa Catarina, Timbó.

Fonte: IBGE.


Interação com Facebook

Medalhas

Crônica publicada por Lourenço Diaféria no Diário, em 12 de outubro de 1988: “O Brasil ganhou seis medalhas em Seul. Pelos investimentos, cada medalha ficou em torno de 70 milhões de cruzados. Verdadeiras joias, que deveriam ser expostas para que a população pudesse saber onde é que vai parar nosso dinheiro”.

A íntegra da crônica está no Facebook da Memória. Vejam o endereço acima.




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