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Bolo e pães para homenagear o ‘casamenteiro’
Por Aline Mazzo
Especial para o Diário
12/06/2005 | 09:05
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Um pedaço de bolo por um casamento. Para comemorar o dia de Santo Antônio, as igrejas vão distribuir nesta segunda milhares de pedaços do tradicional bolo gelado – que promete levar os solteiros ao altar – e o pão bento, que costuma ser colocado em latas de mantimentos e é sinônimo de fartura.

Para preparar 7,2 mil pedaços de bolo, mais de 20 mulheres, da paróquia de Santo Antônio, da Vila Alpina, em Santo André, se revezaram no trabalho que durou uma semana. Foram usados 150 kg de farinha, 2,4 mil ovos, 150 kg de açúcar, 50 litros de caldo de laranja e 8 kg de fermento para fazer a massa. No recheio, foram necessárias 400 latas de leite condensado e 300 abacaxis.

A responsável pela receita há 20 anos, Marli Andrade Valle, 62 anos, garante que quem come o bolo com fé consegue arrumar um companheiro. “A filha da minha amiga era solteira e comeu um pedaço do bolo no ano passado. Em menos de uma ano, arrumou um namorado, ficou noiva e casou em maio”, conta.

A fama de casamenteiro de Santo Antônio, no entanto, é baseada apenas em lendas e não há milagres confirmados pela Igreja. Lideranças católicas afirmam que o santo é o protetor da saúde e incentivador da partilha.

Até por isso, além do bolo, as paróquias também distribuirão o pão bento. “Santo Antônio pregava que nas mesas onde há sobra de pão é permitido retirar e partilhar com aquelas que não têm”, explica o padre Edmar Antônio de Jesus, de São Caetano.

O pároco também classifica de crendice popular brasileira à fama de casamenteiro. “Parece que tudo surgiu com uma moça que fez uma promessa para o santo, pois queria se casar. A promessa se concretizou e a história foi se alastrando.” Lenda ou não, a dica para quem quiser garantir um pedaço de bolo é chegar cedo. Em 2004, às 15h já havia acabado tudo.

Santo Antônio nasceu no século XI, em Lisboa, Portugal. Na Itália, entrou para a ordem dos franciscanos e se tornou frei. Ficou conhecido como “martelo dos hereges”, pois fazia pregações contundentes que tinham como objetivo combater as heresias. Morreu em 30 de maio de 1231, em Pádua, na Itália.




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