Moradores do Parque das Nações, em Santo André, enfrentaram falta de água desde a segunda-feira. Entre as ruas afetadas estão a Haiti, Jamaica e Finlândia.

De acordo com a dona de casa Eglina Botosso, 62 anos, durante os três dias os gastos para manter as atividades da casa incluíram a compra de três galões de cinco litros e passagens diárias de ônibus. Isso porque os netos, que moram com ela, precisavam ir à casa da tia, no Parque Erasmo Assunção, para poder tomar banho.

“Estava tomando banho de canequinha, mas os meus dois netos precisavam se deslocar. O que tem 16 anos estuda de manhã e à tarde, sendo que o único horário livre é a noite. Está sendo uma dor de cabeça”, afirmou.

Para fazer comida, ela comprou os galões de água, assim como a manicure Tânia Maria Silva, 53, “Cuido do meu neto, que tem 1 ano, de uma senhora de 83, que mora no mesmo terreno, e de oito cachorros abandonados. Meu marido chegou a fazer uma instalação para captar a água da chuva, mas não choveu esses dias. Não tem condições”, reclamou a moradora da Rua Haiti.

Questionado pelo Diário, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informou que constatou o vazamento em uma válvula na rede que abastece o bairro na segunda-feira. “Para realizar o conserto, foi necessário interromper o fornecimento de água para aquela região, feito através do reservatório do Parque das Nações”, informou, em nota.

Segundo a autarquia,por meio de manobras operacionais foi possível abastecer o setor, que não foi afetado pela falta de água na sua totalidade. “Localidades mais altas, como a Rua Haiti, têm naturalmente maior dificuldade em receber água nestas condições e, assim, ter regularizado o seu abastecimento”, afirmou.

A previsão era a de que o fornecimento fosse normalizado em toda a região do Parque das Nações, incluindo o Parque Novo Oratório e parte do Parque Erasmo, ainda na noite de ontem.