Dois bilhões. Este é o valor que o mercado de segurança privada atingiu nesse primeiro semestre do ano. Com o constante crescimento do seto, especialistas apostam em uma evolução de mais 20% até o final de 2008.
"Essa expansão está diretamente ligada ao aumento da violência urbana, principalmente em condomínios, que passaram a ser alvos de bandidos", explica Fernando Moreira, gerente da Instalarme, empresa de segurança privada que contabiliza 10% de clientes no Grande ABC.
"O número de pessoas que procura nossos serviços só tem aumentado, principalmente de residências. Hoje em dia, é raro um condomínio não possuir um sistema de segurança, seja algo simples como um alarme ou mais sofisticado como um sistema de monitoramento de imagems à distância", conclui.
A maioria das empresas comerciais apenas aprimora o sistema de segurança, já que, nesse setor, para garantir maior segurança é necessário estar atualizado com as novas tecnologias.
Números - Dados da Abese (Associação Brasileira das Empresas de Segurança Eletrônica) mostram que a utilização de sistemas de segurança são eficientes para o consumidor.
As estatísticas defendem que a cada 100 tentativas de furtos em estabelecimentos com sistemas de alarme, sejam unidades comerciais ou residenciais, em 94% dos casos essas tentativas são fracassadas.
O brasileiro, no entanto, ainda não se acostumou com o uso constante desses equipamentos. A entidade diz que 95% dos alarmes são acionados pelos próprios clientes, sem que estejam em situações de perigo, o que demonstra a necessidade de cuidados no uso dos sistemas.
"A quantidade de bens roubados em estabelecimentos sem alarmes é dez vezes maior que as lojas que dispõem de segurança", conta o diretor de comunicação da ABESE, Oswaldo Oggiam Júnior.
Dados - Mais de 3 milhões de imóveis comerciais e residenciais em todo o Brasil já contam com dispositivos básicos de segurança eletrônica. Para a Abese, este número é baixo, visto que o Brasil tem 49,1 milhões de imóveis, nas contas do IBGE (Isntituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A Abese estima que ao menos a metade dos condomínios existentes na cidade de São Paulo conta com algum tipo de sistema de proteção eletrônica instalado e que, na última década, houve um crescimento no setor de 12% ao ano.
"A perspectiva é que o mercado só continue a evoluir, com equipamentos cada vez mais sofisticados e que inibam a ação de bandidos", encerra Moreira.
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